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Subject: Separatismo
Ninguém é essensialmente nada disso. A nossa sociedade ensina isso. Qualquer pessoa pode aprender coisas boas ou ruins. Raras exceções talvez possam existir, mas qualquer sociedade pode melhorar se for bem educada.
Nosso problema é que somos as colonias dos paises ricos e para isso é preciso que continuemos pouco evoluídos socialmente. Todo o resto é só uma forma diferente de contar a mesma história.
Nosso problema é que somos as colonias dos paises ricos e para isso é preciso que continuemos pouco evoluídos socialmente. Todo o resto é só uma forma diferente de contar a mesma história.
Contam-se nos dedos, talvez somente em uma das mãos, os homens públicos que não tivessem características semelhantes à maioria, nos últimos 50, 60 anos. Investigando bem, algum podre sempre aparece. Para praticamente todos, a política é meio de enriquecimento rápido, benefício próprio e de parentes, ainda que ilicitamente.
O David não discorda disso, ele discorda de dizer que estes homens são essencialmente ruins. Mas, na verdade, o que acontece é que crescer no Brasil, onde temos uma sociedade de consumo e de privilegiar os ganhos financeiros em detrimento a outras benesses do indivíduo acaba gerando isto mesmo. Políticos e cidadãos corruptos. Pessoas com o jeitinho brasileiro, que sempre pensam em algo para burlar ou conseguir vantagem em algo.
Mas o brasileiro em sua essência não é assim. A questão que o david propôs é mais filosófica, ele queria dizer que mesmo um brasileiro da pior espécie, se nascido na Noruega, por exemplo, poderia ser um homem de índole exemplar.
Mas o brasileiro em sua essência não é assim. A questão que o david propôs é mais filosófica, ele queria dizer que mesmo um brasileiro da pior espécie, se nascido na Noruega, por exemplo, poderia ser um homem de índole exemplar.
E é um pouco além. Querer tratar qualquer assunto com "todo brasileiro" (ou no caso, latino americano) é isso ou aquilo é de um reducionismo tolo, o famoso complexo de vira lata.
Nós temos exemplos de ditadores na Europa, na Ásia e na África, de corrupção nos EUA, Europa, uma presidente recém deposta na Coréia do Sul.
A gente vive em uma época com a maior facilidade de acesso a informação e, ainda assim, as pessoas continuam tentando reduzir discussões a fatos aleatórios, fruto da própria convicção. É a tal da "pós-verdade", que definiram como o conceito do ano passado.
Nós temos exemplos de ditadores na Europa, na Ásia e na África, de corrupção nos EUA, Europa, uma presidente recém deposta na Coréia do Sul.
A gente vive em uma época com a maior facilidade de acesso a informação e, ainda assim, as pessoas continuam tentando reduzir discussões a fatos aleatórios, fruto da própria convicção. É a tal da "pós-verdade", que definiram como o conceito do ano passado.
Eu entendi o que ele quis dizer, apenas não concordei completamente.
@Leogar:
...um reducionismo tolo, o famoso complexo de vira lata...
Caramba, não precisa me esculachar tanto assim, né?
@Leogar:
...um reducionismo tolo, o famoso complexo de vira lata...
Caramba, não precisa me esculachar tanto assim, né?
Você não é sensível assim. ;)
Mas que esse tipo de atitude (não a pessoa) é uma simplificação tola, isso é. As pessoas tendem a ter uma percepção e estender isso para uma verdade absoluta. O maior exemplo disso é a pessoa responder algo e finalizar com "fato". Não, não é fato, é convicção.
Mas que esse tipo de atitude (não a pessoa) é uma simplificação tola, isso é. As pessoas tendem a ter uma percepção e estender isso para uma verdade absoluta. O maior exemplo disso é a pessoa responder algo e finalizar com "fato". Não, não é fato, é convicção.
Isso Felipe.
E damos lucros absurdos pra investidores. Lucrar no Brasil é fácil pra quem pode investir. Talvez tenha sido um pouco melhor na China, mas lá as coisas já estão mudando tb.
Quem vai ter interesse num Brasil evoluido se é fácil chegar aqui e lucrar exatamente por ser do jeito que é? E tb investir no Brasil deve dar um conceito um pouco melhor do que investir na china em que todos sabem da mão de obra escrava. Aqui é um pouco mais disfarçado.
Temos muitos interesses aqui de que as coisas continuem exatamente do jeito que são. Quem consegue "se dar bem" acaba saindo daqui e indo pra europa ou EUA.
E damos lucros absurdos pra investidores. Lucrar no Brasil é fácil pra quem pode investir. Talvez tenha sido um pouco melhor na China, mas lá as coisas já estão mudando tb.
Quem vai ter interesse num Brasil evoluido se é fácil chegar aqui e lucrar exatamente por ser do jeito que é? E tb investir no Brasil deve dar um conceito um pouco melhor do que investir na china em que todos sabem da mão de obra escrava. Aqui é um pouco mais disfarçado.
Temos muitos interesses aqui de que as coisas continuem exatamente do jeito que são. Quem consegue "se dar bem" acaba saindo daqui e indo pra europa ou EUA.
Sou a favor do separatismo.
Separa o Brasil em cinco regiões.
Quem sabe assim pelo menos uma parte do povo (ex-) brasileiro tem chance de viver num país sério.
Separa o Brasil em cinco regiões.
Quem sabe assim pelo menos uma parte do povo (ex-) brasileiro tem chance de viver num país sério.
E o tema volta novamente às manchetes, com tudo o que está acontecendo na Catalunha.
Na véspera do referendo da Escócia, houve ameaças (econômicas) de tudo quanto é lado (Inglaterra, UE, etc), e no final deu praticamente meio a meio na votação. Agora a votação foi antes, houve pancadaria vinda da polícia, e o parlamento catalão pretende proclamar a independência, mesmo (novamente) com ameaças econômicas de todos os lados.
Estranho é a maior parte da União Europeia apoiar a declaração unilateral de independência do Kosovo e posicionar-se a favor da Espanha neste caso da Catalunha.
Lembrando que, caso haja a separação, é quase certo que o País Basco também siga o mesmo caminho, e provavelmente a Galícia também...
Na véspera do referendo da Escócia, houve ameaças (econômicas) de tudo quanto é lado (Inglaterra, UE, etc), e no final deu praticamente meio a meio na votação. Agora a votação foi antes, houve pancadaria vinda da polícia, e o parlamento catalão pretende proclamar a independência, mesmo (novamente) com ameaças econômicas de todos os lados.
Estranho é a maior parte da União Europeia apoiar a declaração unilateral de independência do Kosovo e posicionar-se a favor da Espanha neste caso da Catalunha.
Lembrando que, caso haja a separação, é quase certo que o País Basco também siga o mesmo caminho, e provavelmente a Galícia também...
Os espanhóis de Madri, pelo menos os que conheci, acham que Catalunha, Bilbao(País Basco), Galícia não fazem parte da Espanha. Quando eu estive lá teve um atentado e como todo mundo estava vendo as notícias pela televisão na rua eu quis saber aonde tinha acontecido e como viram que eu era turista, logo me tranquilizaram, - Não se preocupe não, não foi na Espanha foi no Pais Basco -.
Você sabe dizer qual a porcentagem de países que depois de separados, prosperaram ou não?
Cara, isso é muito relativo.
A independência leva o novo país a depender mais das próprias pernas do que anteriormente, ou seja, o local tem mais poder de decisão sobre o seu futuro. Claro que, com isso, perde relativa relevância internacional (o que às vezes não quer dizer muito, o Canadá por exemplo é enorme e fica "na dele").
O próprio Brasil separou-se de Portugal, e vinha prosperando até no segundo reinado, mas desde a proclamação da República a coisa desandou-se. Então não é um exemplo de sucesso. Todos os países da América do Sul, a exceção da Guiana Francesa, separaram-se de países europeus. Aliás, isso vale pra América toda e para a África.
Dentre os europeus, as separações foram constantes ao longo da história. A última foi de Kosovo, que ainda gera polêmica, e não dá pra saber quanto ao resultado. As mais célebres nas últimas décadas ocorreram após a queda do muro de Berlim, no qual foram desmanteladas a Tchecoslováquia, a Iugoslávia e a União Soviética. Em todos os casos, a maior parte dos países independentes segue melhor do que o maior em termos econômicos, apesar de não ter o poder de influência que tinha antes (no caso da URSS). Croácia, Eslovênia, Montenegro e a Sérvia têm melhores indicadores que a Iugoslávia, e o mesmo ocorre com a República Tcheca e a Eslováquia. Ucrânia e Rússia também, e até alguns menos relevantes como o Azerbaijão estão desenvolvendo-se bastante. A Estônia tem economia praticamente nível nórdico já. Não dá pra ter uma estatística porque foram muitas. No final de cada guerra mundial, ocorreram várias mudanças bruscas no mapa mundi político.
As próximas me parecem ser Catalunha, País Basco e talvez Galícia (da Espanha), Flanders e Valônia (desmantelando a Bélgica) e a Groenlândia (da Dinamarca).
A independência leva o novo país a depender mais das próprias pernas do que anteriormente, ou seja, o local tem mais poder de decisão sobre o seu futuro. Claro que, com isso, perde relativa relevância internacional (o que às vezes não quer dizer muito, o Canadá por exemplo é enorme e fica "na dele").
O próprio Brasil separou-se de Portugal, e vinha prosperando até no segundo reinado, mas desde a proclamação da República a coisa desandou-se. Então não é um exemplo de sucesso. Todos os países da América do Sul, a exceção da Guiana Francesa, separaram-se de países europeus. Aliás, isso vale pra América toda e para a África.
Dentre os europeus, as separações foram constantes ao longo da história. A última foi de Kosovo, que ainda gera polêmica, e não dá pra saber quanto ao resultado. As mais célebres nas últimas décadas ocorreram após a queda do muro de Berlim, no qual foram desmanteladas a Tchecoslováquia, a Iugoslávia e a União Soviética. Em todos os casos, a maior parte dos países independentes segue melhor do que o maior em termos econômicos, apesar de não ter o poder de influência que tinha antes (no caso da URSS). Croácia, Eslovênia, Montenegro e a Sérvia têm melhores indicadores que a Iugoslávia, e o mesmo ocorre com a República Tcheca e a Eslováquia. Ucrânia e Rússia também, e até alguns menos relevantes como o Azerbaijão estão desenvolvendo-se bastante. A Estônia tem economia praticamente nível nórdico já. Não dá pra ter uma estatística porque foram muitas. No final de cada guerra mundial, ocorreram várias mudanças bruscas no mapa mundi político.
As próximas me parecem ser Catalunha, País Basco e talvez Galícia (da Espanha), Flanders e Valônia (desmantelando a Bélgica) e a Groenlândia (da Dinamarca).
Groelândia acho dificil, mas os outros citados é possível sim, principalmente Flanders.
Mas vamos lá, aos últimos países que proclamaram sua independência:
- Sudão do Sul (2011): Já vivia unido a outro país paupérrimo (Sudão), e continua com alto índice de pobreza e guerrilhas internas pelos diversos grupos étnicos que ali vivem (problema recorrente em diversos países na África e no Oriente Médio, nos quais as divisões dos países não respeitaram a linhas das diversas tribos locais).
- Kosovo (2008): Ainda não reconhecido pela maioria dos países do mundo, o que inclui Brasil, Rússia, China e Espanha. É (ou era) uma região da Sérvia com população de maioria albanesa (a Albânia é o país mais pobre da Europa). Devido às brigas internas e ao crime organizado, o país ainda vive em instabilidade. Neste caso, apesar de perder uma porção territorial, acredito que a longo prazo seja melhor pros sérvios.
- Montenegro e Sérvia (2006): Últimas duas repúblicas da Iugoslávia que continuavam unidas. Tanto a Sérvia quanto Montenegro têm melhorado a sua economia desde então, e já têm a sua aplicação aceita para adentrar a União Europeia (a Croácia foi o último país a entrar no bloco, e os sérvios e montenegrinos devem ser os próximos).
- Timor Leste (2002): Foi uma independência à força. A Indonésia não aceitava, e muitas mortes ocorreram para que houvesse a separação definitiva. Inicialmente, foi um período instável e difícil, mas os últimos indicadores econômicos mostram um crescimento econômico substancial.
Como pode ver, são casos completamente distintos. Ah, fugindo da Europa, esqueci de mencionar na mensagem anterior: Em Quebéc (região do Canadá que tem como principal idioma o francês) também há um forte movimento separatista. O último referendo foi em 1995, e a diferença entre o "sim" e o "não" foi mínima. E há várias regiões na região do Cáucaso (Geórgia, Armênia, Azerbaijão e um pedacinho no sul da Rússia) que são separatistas.
Outra: A Escócia ainda não engoliu a saída do Reuno Unido da União Europeia. Nem a Irlanda do Norte.
- Sudão do Sul (2011): Já vivia unido a outro país paupérrimo (Sudão), e continua com alto índice de pobreza e guerrilhas internas pelos diversos grupos étnicos que ali vivem (problema recorrente em diversos países na África e no Oriente Médio, nos quais as divisões dos países não respeitaram a linhas das diversas tribos locais).
- Kosovo (2008): Ainda não reconhecido pela maioria dos países do mundo, o que inclui Brasil, Rússia, China e Espanha. É (ou era) uma região da Sérvia com população de maioria albanesa (a Albânia é o país mais pobre da Europa). Devido às brigas internas e ao crime organizado, o país ainda vive em instabilidade. Neste caso, apesar de perder uma porção territorial, acredito que a longo prazo seja melhor pros sérvios.
- Montenegro e Sérvia (2006): Últimas duas repúblicas da Iugoslávia que continuavam unidas. Tanto a Sérvia quanto Montenegro têm melhorado a sua economia desde então, e já têm a sua aplicação aceita para adentrar a União Europeia (a Croácia foi o último país a entrar no bloco, e os sérvios e montenegrinos devem ser os próximos).
- Timor Leste (2002): Foi uma independência à força. A Indonésia não aceitava, e muitas mortes ocorreram para que houvesse a separação definitiva. Inicialmente, foi um período instável e difícil, mas os últimos indicadores econômicos mostram um crescimento econômico substancial.
Como pode ver, são casos completamente distintos. Ah, fugindo da Europa, esqueci de mencionar na mensagem anterior: Em Quebéc (região do Canadá que tem como principal idioma o francês) também há um forte movimento separatista. O último referendo foi em 1995, e a diferença entre o "sim" e o "não" foi mínima. E há várias regiões na região do Cáucaso (Geórgia, Armênia, Azerbaijão e um pedacinho no sul da Rússia) que são separatistas.
Outra: A Escócia ainda não engoliu a saída do Reuno Unido da União Europeia. Nem a Irlanda do Norte.
Últimos Países a serem reconhecidos:
Timor Leste - 2002
Montenegro - 2006
Kosovo - 2008
Sudão do sul - 2011
Liberland - 2015
Timor Leste - 2002
Montenegro - 2006
Kosovo - 2008
Sudão do sul - 2011
Liberland - 2015
Groenlândia está planejando vagarosamente a independência. Lembro que li em 2009, no qual a ilha ganhou uma grande condição de autonomia em relação à Dinamarca, que aceitou inclusive o groenlandês como idioma oficial da região, em cerimônia em que esteve presente a própria rainha da Dinamarca. Lembro que a meta, na época, era preparar o "país" para ficar auto-sustentável e conseguir a separação em 2020.