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Subject: »Assuntos Políticos
Eu boiei nessas siglas todas, se eu for realmente investir depois anotou tudo e peço para o gerente do banco me explicar cada uma delas.
Alguém poderia me dizer bem simples quanto de juros posso conseguir nessas aplicações?
Alguém poderia me dizer bem simples quanto de juros posso conseguir nessas aplicações?
Pode crer! Na época que teve a crise nos EUA em 2008, várias ações caíram muito aqui no Brasil. Eu já tinha investido algumas vezes na bolsa, mas sempre ficava no zero a zero. Aí quando a PETR3 tinha caído absurdo, eu investi boa parte das minhas economias (que na época não era muito), seguindo conselho de um amigo que investe na bolsa desde que se entende por gente, e menos de um ano depois resgatei tudo. Tive ganho na faixa dos 40% em um ano. Depois disso, todos os investimentos que fiz na bolsa foram fracos, ou pequenos ganhos ou pequenas perdas, tudo isso justificado pela minha falta de tempo/paciência pra estudar o mercado. Por causa disso, já tem quase três anos que não invisto na bolsa mais.
não é o melhor momento mesmo pra entrar na bolsa...
Qualquer hora é hora para entrar, desde que você estude e tenha alguma ideia do que esteja fazendo.
Eu mesmo comecei a comprar ações no ano passado (14 meses atrás, para ser mais exato) e nesse periodo que se passou, já ganhei 25%, líquidos. =D
Quanto ao percentual, lí um livro muito interessante (Investimentos Inteligentes, do autor Gustavo Cerbasi) que apresenta de uma fórmula bem simples para você dividir seu dinheiro:
Valor Inicial - Sua Idade = % investido em alto risco.
O valor inicial varia de acordo com o seu perfil, quanto mais arrojado, maior esse número. Ele sugere algo em torno de 50 e 80. Veja que quanto mais velho você é, menor é o percentual em alto risco.
A justificativa dessa abordagem é que quanto mais jovem você é, (de maneira geral) menos dinheiro você tem, e você ainda possue mais tempo de vida para "correr atrás" de eventuais prejuízos.
Ele usa um exemplo interessante no livro:
Caso 1: Um jovem rapaz chega para sua noiva e fala: "Amor, perdi metade de tudo o que a gente tinha." Nesse caso, estamos falando de R$10.000,00, ou seja o casal terá que adiar em mais um ano o sonho do casamento. O rapaz toma uma bronca homérica e dorme 3 dias no sofá da sala...
Caso 2: Um senhor que acabara de se aposentar chega para sua esposa e fala: "Amor, perdi metade de tudo o que a gente tinha." Aqui, a situação é completamente diferente, quando o senhor perde R$500.000,00; e recebe a pesada notícia de que a esposa quer o divórcio, pois tem medo do marido terminar com o resto do dinheiro que garantiria uma aposentadoria tranquila e mais saudável.
No meu caso, a fórmula fica:
80 - 28 = 52%. Ou seja, pouco mais da metade do meu patrimônio está destinado à alto risco.
Edit: No ultimo mês, com a Petro barata desse jeito, estou com 68% do meu patrimônio investido em ações.
(edited)
Qualquer hora é hora para entrar, desde que você estude e tenha alguma ideia do que esteja fazendo.
Eu mesmo comecei a comprar ações no ano passado (14 meses atrás, para ser mais exato) e nesse periodo que se passou, já ganhei 25%, líquidos. =D
Quanto ao percentual, lí um livro muito interessante (Investimentos Inteligentes, do autor Gustavo Cerbasi) que apresenta de uma fórmula bem simples para você dividir seu dinheiro:
Valor Inicial - Sua Idade = % investido em alto risco.
O valor inicial varia de acordo com o seu perfil, quanto mais arrojado, maior esse número. Ele sugere algo em torno de 50 e 80. Veja que quanto mais velho você é, menor é o percentual em alto risco.
A justificativa dessa abordagem é que quanto mais jovem você é, (de maneira geral) menos dinheiro você tem, e você ainda possue mais tempo de vida para "correr atrás" de eventuais prejuízos.
Ele usa um exemplo interessante no livro:
Caso 1: Um jovem rapaz chega para sua noiva e fala: "Amor, perdi metade de tudo o que a gente tinha." Nesse caso, estamos falando de R$10.000,00, ou seja o casal terá que adiar em mais um ano o sonho do casamento. O rapaz toma uma bronca homérica e dorme 3 dias no sofá da sala...
Caso 2: Um senhor que acabara de se aposentar chega para sua esposa e fala: "Amor, perdi metade de tudo o que a gente tinha." Aqui, a situação é completamente diferente, quando o senhor perde R$500.000,00; e recebe a pesada notícia de que a esposa quer o divórcio, pois tem medo do marido terminar com o resto do dinheiro que garantiria uma aposentadoria tranquila e mais saudável.
No meu caso, a fórmula fica:
80 - 28 = 52%. Ou seja, pouco mais da metade do meu patrimônio está destinado à alto risco.
Edit: No ultimo mês, com a Petro barata desse jeito, estou com 68% do meu patrimônio investido em ações.
(edited)
CDI significa Certificado de Depósito Interbancário, e, de forma bem grosseira, significa uma taxa de juros cobrada entre bancos, quando um empresta dinheiro ao outro.
Fernando, eu estou longe de ser especialista, mas finanças e investimentos sempre foram assuntos que me interessaram e que eu sempre gostei de estudar.
Para nós que estamos começando e não temos quantias significativas de dinheiro (digamos, 100mil dilmas), o mais importante é fazer isso que você está fazendo: "buscar conhecimento e, guardar o dinheiro".
Enquanto você não se sentir confortável com alto risco, meio que tanto faz se você deixar o dinheiro na poupança ou se você colocar a grana num CDB, LCI ou PQP...
No melhor dos casos vocë vai deixar de ganhar 0,5% ao mês na poupança, para receber 0,8% ao mês em um outro investimento.
Se você tiver R$10.000,00 guardado, estamos falando de uma diferença de R$30,00 por mês, que, perto dos R$1000,00 que você disse que guarda, não é quase nada. O mais importante é você continuar guardando esses milzinho por mês e continuar buscando informação!
Quando você acumular o suficiente para aumentar mais uma ordem de grandeza no seu patrimônio, digamos, os R$100.000,00 que eu disse anteriormente, esses 30 reais de diferença passam a ser 300 reais, ou seja, um terço do seu valor mensal guardado , já significativo!
Fernando, eu estou longe de ser especialista, mas finanças e investimentos sempre foram assuntos que me interessaram e que eu sempre gostei de estudar.
Para nós que estamos começando e não temos quantias significativas de dinheiro (digamos, 100mil dilmas), o mais importante é fazer isso que você está fazendo: "buscar conhecimento e, guardar o dinheiro".
Enquanto você não se sentir confortável com alto risco, meio que tanto faz se você deixar o dinheiro na poupança ou se você colocar a grana num CDB, LCI ou PQP...
No melhor dos casos vocë vai deixar de ganhar 0,5% ao mês na poupança, para receber 0,8% ao mês em um outro investimento.
Se você tiver R$10.000,00 guardado, estamos falando de uma diferença de R$30,00 por mês, que, perto dos R$1000,00 que você disse que guarda, não é quase nada. O mais importante é você continuar guardando esses milzinho por mês e continuar buscando informação!
Quando você acumular o suficiente para aumentar mais uma ordem de grandeza no seu patrimônio, digamos, os R$100.000,00 que eu disse anteriormente, esses 30 reais de diferença passam a ser 300 reais, ou seja, um terço do seu valor mensal guardado , já significativo!
Eu boiei nessas siglas todas, se eu for realmente investir depois anotou tudo e peço para o gerente do banco me explicar cada uma delas.
Alguém poderia me dizer bem simples quanto de juros posso conseguir nessas aplicações?
Isso vai depender muito de como estiver a taxa de juros do país. Mantendo o padrão atual, você conseguiria em torno de 0.60% a.m na poupança. Isso daria uns 7,5% a.a. O CDI tá em torno de 10.5% a.a., se você investir num LCI/LCA de 83% do CDI, dá cerca de 8.7% a.a.
CDB é mais difícil de estimar porque nele incide IR. Vai depender do tempo que você mantenha o dinheiro, porque quanto mais tempo, menor o IR incidente. Na verdade, não é bem uma escolha... Se você tiver o valor que seu banco estipula para o LCI, vale a pena investir nele. Se não tiver, a opção seria o CDB mesmo.
Rendimento de fundo varia muito, depende também de taxa de administração e não é garantia que seja mantido nos anteriores...
Alguém poderia me dizer bem simples quanto de juros posso conseguir nessas aplicações?
Isso vai depender muito de como estiver a taxa de juros do país. Mantendo o padrão atual, você conseguiria em torno de 0.60% a.m na poupança. Isso daria uns 7,5% a.a. O CDI tá em torno de 10.5% a.a., se você investir num LCI/LCA de 83% do CDI, dá cerca de 8.7% a.a.
CDB é mais difícil de estimar porque nele incide IR. Vai depender do tempo que você mantenha o dinheiro, porque quanto mais tempo, menor o IR incidente. Na verdade, não é bem uma escolha... Se você tiver o valor que seu banco estipula para o LCI, vale a pena investir nele. Se não tiver, a opção seria o CDB mesmo.
Rendimento de fundo varia muito, depende também de taxa de administração e não é garantia que seja mantido nos anteriores...
Pode crer! Na época que teve a crise nos EUA em 2008, várias ações caíram muito aqui no Brasil. Eu já tinha investido algumas vezes na bolsa, mas sempre ficava no zero a zero. Aí quando a PETR3 tinha caído absurdo, eu investi boa parte das minhas economias (que na época não era muito), seguindo conselho de um amigo que investe na bolsa desde que se entende por gente, e menos de um ano depois resgatei tudo. Tive ganho na faixa dos 40% em um ano. Depois disso, todos os investimentos que fiz na bolsa foram fracos, ou pequenos ganhos ou pequenas perdas, tudo isso justificado pela minha falta de tempo/paciência pra estudar o mercado. Por causa disso, já tem quase três anos que não invisto na bolsa mais.
Aconteceu mais ou menos isso comigo. A diferença é que entrei no início dessa crise, então a bolsa ainda estava em alta (especialistas sempre dizendo que não podia cair mais). Em menos de 2 meses, "perdi" metade do que tinha investido. Foi até bom pra me preparar psicologicamente. Quando tudo despencou, pus mais dinheiro, conforme você fez e 2010 foi o ano da recuperação, então também ganhei um bom dinheiro. Fazia trades de 10 dias ganhando 10%, mas a maré era boa. Tirei uma parte, o que mantive, desde então, tem meio que nadado de lado. Alguns papeis me deram lucro, como ambv, outros prejuízo, como a própria petr. Mas os dividendos acabam compensando boa parte disso.
Aconteceu mais ou menos isso comigo. A diferença é que entrei no início dessa crise, então a bolsa ainda estava em alta (especialistas sempre dizendo que não podia cair mais). Em menos de 2 meses, "perdi" metade do que tinha investido. Foi até bom pra me preparar psicologicamente. Quando tudo despencou, pus mais dinheiro, conforme você fez e 2010 foi o ano da recuperação, então também ganhei um bom dinheiro. Fazia trades de 10 dias ganhando 10%, mas a maré era boa. Tirei uma parte, o que mantive, desde então, tem meio que nadado de lado. Alguns papeis me deram lucro, como ambv, outros prejuízo, como a própria petr. Mas os dividendos acabam compensando boa parte disso.
Qualquer hora é hora para entrar, desde que você estude e tenha alguma ideia do que esteja fazendo.
O mais recomendado é inclusive você ter uma política de depósitos constante. Separar um valor e sempre ir aumentando sua participação. Os períodos de baixa tendem a se equilibrar com os de alta e diminui esse efeito de entrar em baixa ou alta. Eu não concordo muito com isso porque acho que você acaba ficando com um peso muito alto de corretagens no seu valor final. Prefiro guardar um determinado valor e aí sim investir.
Quando digo que não acho o momento ideal, não é porque está em baixa, esse seria inclusive um motivo pró entrada. O que digo é que o mercado está muito volátil e reagindo de maneira muito brusca a qualquer anúncio do governo. Os próprios especialistas têm recomendado a manutenção de quem já está lá, mas uma espera de quem está fora. Não só pelo fato de estar imprevisível mesmo, mas imagina alguém que nunca investiu ver em um dia seu papel perdendo 8, 10%, por exemplo. Se o cara não tiver autocontrole, acaba realizando esse prejuízo.
O mais recomendado é inclusive você ter uma política de depósitos constante. Separar um valor e sempre ir aumentando sua participação. Os períodos de baixa tendem a se equilibrar com os de alta e diminui esse efeito de entrar em baixa ou alta. Eu não concordo muito com isso porque acho que você acaba ficando com um peso muito alto de corretagens no seu valor final. Prefiro guardar um determinado valor e aí sim investir.
Quando digo que não acho o momento ideal, não é porque está em baixa, esse seria inclusive um motivo pró entrada. O que digo é que o mercado está muito volátil e reagindo de maneira muito brusca a qualquer anúncio do governo. Os próprios especialistas têm recomendado a manutenção de quem já está lá, mas uma espera de quem está fora. Não só pelo fato de estar imprevisível mesmo, mas imagina alguém que nunca investiu ver em um dia seu papel perdendo 8, 10%, por exemplo. Se o cara não tiver autocontrole, acaba realizando esse prejuízo.
Ah sim, mas se o cara não tiver auto-controle é melhor passar longe de qualquer ação por conta própria.
Tanto a rentabilidade quanto prazo são flexibilizáveis para negociação. Dei exemplo do BB que trabalha com 84% no LCA e 80% no LCI. O primeiro sem carencia e o segundo com 60 dias. Corretoras dão retorno melhor, mas costumam ficar indisponíveis para resgate. Geralmente o retorno dos dois não são iguais, depende da instituição financeira, mesmo com características proximas pela destinação dos recursos.
Na pratica, LCI daria 0,8% ao mês contra 0,57% da poupança por exemplo. Em banco, teria liquidez, resgate no mesmo dia se respeitado horario e rentabilidade pre-determinada. Meu conselho. Renda variável é um assunto longo, não aconselho no seu caso mas leria sobre esse estudo dos 20% com prazer embora com meu conhecimento não concorde se for exatamente como as informações aqui foram dadas, tem que haver mais detalhes e especificidades para ser uma certeza.
(edited)
Na pratica, LCI daria 0,8% ao mês contra 0,57% da poupança por exemplo. Em banco, teria liquidez, resgate no mesmo dia se respeitado horario e rentabilidade pre-determinada. Meu conselho. Renda variável é um assunto longo, não aconselho no seu caso mas leria sobre esse estudo dos 20% com prazer embora com meu conhecimento não concorde se for exatamente como as informações aqui foram dadas, tem que haver mais detalhes e especificidades para ser uma certeza.
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Desculpa a demora para resposta, hoje tive um pouco mais de tempo.
Tu acha que a economia brasileira com um bom ministro da fazenda, que esteja pensando no melhor pra economia sem muitos politiquimos, vai conseguir fazer o país crescer a níveis parecidos com os bons anos do Lula ainda no governo Dilma ?
Não. A própria Dilma afirmou em sua campanha, que "Banco Central independente não funciona". Estas foram as palavras dela e muito claras. As decisões sobre os rumos das políticas econômicas não cabem aos economistas no plano de governo dela, ou pelo menos não cabem a eles essas decisões. Podem argumentar ou efetuar suas análises e indicações. Joaquim Levy foi um nome positivo, mas o mercado espera, no máximo maior transparência e luta contra inflação e não rumo de políticas econômicas, ou seja, não há projeção de crescimento econômico satisfatório para 2014, 2015 e nem 2016. Seriam necessárias mudanças que provavelmente não virão.
Sobre os "bons anos do Lula" colocarei os dados para reflexão para aqueles que gostam de comparar governos:
Variação anual do PIB no período FHC
Países emergentes e pobres 4,3%
Mundo 3,4%
América Latina 2,2%
Brasil 2,3%
Variação anual do PIB no governo Lula
Países emergentes e pobres 6,8%
Mundo 3,9%
América Latina 4,1%
Brasil 4,0%
Variação anual do PIB no governo Dilma
Países emergente e pobres 5,2%
Mundo 3,3%
América Latina 3,4%
Brasil 2%
Lembro que a América Latina, como na análise do texto de referência que dei mostra, é considerada uma falha de longo prazo por não conseguir reduzir percentual de renda per capita para os EUA em 50 anos. Deixarei para vocês refletirem um pouco sobre os dados.
Tu acha que a economia brasileira com um bom ministro da fazenda, que esteja pensando no melhor pra economia sem muitos politiquimos, vai conseguir fazer o país crescer a níveis parecidos com os bons anos do Lula ainda no governo Dilma ?
Não. A própria Dilma afirmou em sua campanha, que "Banco Central independente não funciona". Estas foram as palavras dela e muito claras. As decisões sobre os rumos das políticas econômicas não cabem aos economistas no plano de governo dela, ou pelo menos não cabem a eles essas decisões. Podem argumentar ou efetuar suas análises e indicações. Joaquim Levy foi um nome positivo, mas o mercado espera, no máximo maior transparência e luta contra inflação e não rumo de políticas econômicas, ou seja, não há projeção de crescimento econômico satisfatório para 2014, 2015 e nem 2016. Seriam necessárias mudanças que provavelmente não virão.
Sobre os "bons anos do Lula" colocarei os dados para reflexão para aqueles que gostam de comparar governos:
Variação anual do PIB no período FHC
Países emergentes e pobres 4,3%
Mundo 3,4%
América Latina 2,2%
Brasil 2,3%
Variação anual do PIB no governo Lula
Países emergentes e pobres 6,8%
Mundo 3,9%
América Latina 4,1%
Brasil 4,0%
Variação anual do PIB no governo Dilma
Países emergente e pobres 5,2%
Mundo 3,3%
América Latina 3,4%
Brasil 2%
Lembro que a América Latina, como na análise do texto de referência que dei mostra, é considerada uma falha de longo prazo por não conseguir reduzir percentual de renda per capita para os EUA em 50 anos. Deixarei para vocês refletirem um pouco sobre os dados.
Vamos a uma pergunta pra você: Juros estão altos, crescimento esta baixo, acho que a Dilma ta meio de mãos atadas sobre o que fazer, qual o melhor caminho você vê pra economia hoje ? tentar segurar a inflação ou retomar o crescimento ? tentar um meio termo sei la como ?
A solução para o Brasil é uma pergunta mais longa. Passa por mudanças drásticas de política econômica, de mudanças estruturais na economia e na sociedade e para chegar a uma análise geral precisaria passar por pontos complexos. Não me incomodo de fazer isso, mas posso ir pontuando diversos aspectos da economia a serem feitos separadamente porque misturados, seus efeitos são facilmente confundidos. E vou fazendo isso gradativamente.
Antes, lhe explico um pouco da política atual. Tanto a política do Lula e da Dilma foram centrados em políticas de geração de emprego e renda. Dilma disse claramente em seu discurso que acreditava que se outro político vencesse as eleições fariam arrochos salariais e aumento de juros para conter a situação. Ela não disse que faria, mas aumentou os juros pois sabe que a inflação está no teto da meta. Não que ela esteja preocupada com o teto, pois os dados são facilmente manipulados como as contas externas sempre foram. Mas a inflação já está causando distorções na economia, excedendo o nível considerado aceitável. Após sua eleição não haveria como escapar do combate a inflação.
A classe mais pobre invariavelmente recebe os maiores custos das distorções. Portanto para controle da inflação a Dilma decidiu em primeiro lugar não cortar gastos públicos, ou não cortá-los o suficiente. Pois isto poderia gerar-lhe desgaste político e contrair mais a economia. Decidiu não efetuar arrochos salariais, pois isto implicaria em redução de renda, que é um dos centros de sua política. Deixando em uma situação de estagflação. Estagnação com inflação. Péssima combinação. Mas resultado de 12 anos desta política econômica atual que se beneficiou em boa parte do período Lula de um crescimento econômico mundial vigoroso, e o Brasil se beneficiou muito do crescimento da China, agora encontra-se sem saída na política econômica atual.
Meu trabalho, de criar cenários econômicos recentemente tem ficado extremamente facilitado. A única exceção torna-se o fluxo de capital estrangeiro. Positivo pelo lado financeiro, juros maiores atraem capitais financeiros para renda fixa, mas a renda variável (bolsa de valores) possui fluxo negativo, ou capital especulativo apenas, em posições vendidas, e no lado do investimento está bastante negativo. A combinação final torna-se a única variável de menor previsibilidade ao longo do tempo. Taxa de câmbio a 2,65 atingida hoje com juros altos mostra a aposta dos estrangeiros em nosso fracasso econômico. O aumento da taxa de juros ajudará a segurar a inflação mas segurará ainda mais o nível de investimento que já é baixíssimo. Em torno de 16% do PIB em 2014, sendo a meta do governo acima de 20%. E, conforme a configuração econômica, não atingirá este patamar, que não é um nível ousado considerando nosso nível de renda per capita atual e outras variáveis, tão cedo.
(edited)
A solução para o Brasil é uma pergunta mais longa. Passa por mudanças drásticas de política econômica, de mudanças estruturais na economia e na sociedade e para chegar a uma análise geral precisaria passar por pontos complexos. Não me incomodo de fazer isso, mas posso ir pontuando diversos aspectos da economia a serem feitos separadamente porque misturados, seus efeitos são facilmente confundidos. E vou fazendo isso gradativamente.
Antes, lhe explico um pouco da política atual. Tanto a política do Lula e da Dilma foram centrados em políticas de geração de emprego e renda. Dilma disse claramente em seu discurso que acreditava que se outro político vencesse as eleições fariam arrochos salariais e aumento de juros para conter a situação. Ela não disse que faria, mas aumentou os juros pois sabe que a inflação está no teto da meta. Não que ela esteja preocupada com o teto, pois os dados são facilmente manipulados como as contas externas sempre foram. Mas a inflação já está causando distorções na economia, excedendo o nível considerado aceitável. Após sua eleição não haveria como escapar do combate a inflação.
A classe mais pobre invariavelmente recebe os maiores custos das distorções. Portanto para controle da inflação a Dilma decidiu em primeiro lugar não cortar gastos públicos, ou não cortá-los o suficiente. Pois isto poderia gerar-lhe desgaste político e contrair mais a economia. Decidiu não efetuar arrochos salariais, pois isto implicaria em redução de renda, que é um dos centros de sua política. Deixando em uma situação de estagflação. Estagnação com inflação. Péssima combinação. Mas resultado de 12 anos desta política econômica atual que se beneficiou em boa parte do período Lula de um crescimento econômico mundial vigoroso, e o Brasil se beneficiou muito do crescimento da China, agora encontra-se sem saída na política econômica atual.
Meu trabalho, de criar cenários econômicos recentemente tem ficado extremamente facilitado. A única exceção torna-se o fluxo de capital estrangeiro. Positivo pelo lado financeiro, juros maiores atraem capitais financeiros para renda fixa, mas a renda variável (bolsa de valores) possui fluxo negativo, ou capital especulativo apenas, em posições vendidas, e no lado do investimento está bastante negativo. A combinação final torna-se a única variável de menor previsibilidade ao longo do tempo. Taxa de câmbio a 2,65 atingida hoje com juros altos mostra a aposta dos estrangeiros em nosso fracasso econômico. O aumento da taxa de juros ajudará a segurar a inflação mas segurará ainda mais o nível de investimento que já é baixíssimo. Em torno de 16% do PIB em 2014, sendo a meta do governo acima de 20%. E, conforme a configuração econômica, não atingirá este patamar, que não é um nível ousado considerando nosso nível de renda per capita atual e outras variáveis, tão cedo.
(edited)
Acrescento ainda que, com níveis baixos previstos para os próximos quatro anos de investimento dado os níveis crescentes de carga tributária, não há previsão de crescimento satisfatório nos próximos quatro anos do governo Dilma. Patinaremos mais uma vez nas falhas de nossas políticas econômicas. Acrescento ainda alguns dados que poderão ajudar-lhes a refletir sobre algumas variáveis econômicas.
Taxa Média de Crescimento Econômico 2011 - 2014* (2014 última previsão)
Peru 5,9%
Bolívia 5,6%
Equador 5,3%
Paraguai 5,1%
Colômbia 4,9%
Chile 4,8%
Uruguai 4,4%
Argentina 3,8%
México 3,0%
Venezuela 2,5%
Brasil 2,0%
Carga tributária (% do PIB) 2012:
Argentina - 37,3%
Brasil - 36,3%
Uruguai - 26,3%
Bolívia - 26,0%
Chile - 20,8%
Equador - 20,2%
México - 19,6%
Colômbia - 19,6%
Peru - 18,1%
Paraguai - 17,6%
Venezuela - 13,7%
Taxa de Investimento como percentual do PIB (2012):
Equador - 27,3%
Peru - 26,9%
Venezuela - 26,0%
Chile - 24,9%
México - 24,6%
Argentina - 23,8%
Colômbia - 23,6%
Uruguai - 20,0%
Bolívia - 18,8%
Brasil - 17,6%
Paraguai - 14,3%
(edited)
Taxa Média de Crescimento Econômico 2011 - 2014* (2014 última previsão)
Peru 5,9%
Bolívia 5,6%
Equador 5,3%
Paraguai 5,1%
Colômbia 4,9%
Chile 4,8%
Uruguai 4,4%
Argentina 3,8%
México 3,0%
Venezuela 2,5%
Brasil 2,0%
Carga tributária (% do PIB) 2012:
Argentina - 37,3%
Brasil - 36,3%
Uruguai - 26,3%
Bolívia - 26,0%
Chile - 20,8%
Equador - 20,2%
México - 19,6%
Colômbia - 19,6%
Peru - 18,1%
Paraguai - 17,6%
Venezuela - 13,7%
Taxa de Investimento como percentual do PIB (2012):
Equador - 27,3%
Peru - 26,9%
Venezuela - 26,0%
Chile - 24,9%
México - 24,6%
Argentina - 23,8%
Colômbia - 23,6%
Uruguai - 20,0%
Bolívia - 18,8%
Brasil - 17,6%
Paraguai - 14,3%
(edited)
Gostaria muito que vivêssemos em um mundo paralelo, onde a Marina tivesse ganho e escolhido os melhores para governar o Brasil.
Tenho certeza, que não seriamos um país dividido em 2 blocos de partidos, e que teríamos uma grande ascensão. Não digo que não viveríamos o que vamos passar nesse primeiro ano, mas com certeza a partir do segundo, a tendência era crescermos e muito.
(edited)
Tenho certeza, que não seriamos um país dividido em 2 blocos de partidos, e que teríamos uma grande ascensão. Não digo que não viveríamos o que vamos passar nesse primeiro ano, mas com certeza a partir do segundo, a tendência era crescermos e muito.
(edited)
Se tivessem escolhido a Marina para o segundo turno contra a Dilma acho que ela teria mais chances. Mas ela meio que se auto boicotou sendo muito volúvel na campanha. Uma pena, porque depois da escolha de alguns ministros que a Dilma fez, estou concordando com você.
Agora Petista miserável? :P
Ela sempre escolheu ministros ruins....
Ela sempre escolheu ministros ruins....