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Subject: »Assuntos Políticos
bruno, legal ler suas conclusões, uma opinião embasada e ponderada. é bom ler textos de quem sabe escrever e argumentar, mesmo que eu não concorde inteiramente com as opiniões expressas.
mas o "golpe" não é o impeachment... é o que estão fazendo desde o final das eleições.
um eterno terceiro turno que, inclusive, já atingiu os objetivos de pautar o governo da Dilma.
e essa é uma das diferenças em relação ao caso do Collor.
o Collor assumiu com grande apoio da imprensa, ao invés de ser bombardeado desde o início do governo.
outras diferenças:
o Collor passou por um amplo processo de investigação e o processo de impeachment só foi iniciado DEPOIS de uma longa CPI em que sobraram provas de corrupção contra ele.
e há mais uma grande diferença, se não no mérito, pelo menos na possibilidade de conclusão do processo: como o Collor foi eleito presidente sem qualquer real base popular de apoio (basicamente, foi o candidato da Globo, fabricado em um Globo Repórter - "O caçador de marajás" e alimentado diariamente pelas notícias favoráveis). já a Dilma, ainda conta com um aguerrido apoio popular. qual a importância disso? só uma... pode dar treta!
no caso do Collor, passou longe de golpe.
talvez os pedidos do PT de abertura de impeachment de Itamar e FHC se aproximem mais disso... mas foram apenas pedidos, analisados e negados pelo Congresso. como você, Bruno, escreveu: "é um processo que pode ser iniciado até por uma pessoa qualquer do povo"
então, nesse caso, golpistas de um lado e golpistas do outro. a questão passa a ser observar quem aplaude o atual processo dizendo "ah, se lá foi golpe, então agora também pode", que, por si só , é um argumento burro e tacanho, já que a pessoa admite que isso é um golpe, parte do princípio que é algo errado e conclui que, mesmo errado, é bom pois é contra "os inimigos".
enfim, vale mais uma colocação:
o impeachment do Collor não foi "do PT"!
quer ver quem mais votou a favor da abertura do processo na Câmara?
Aécio Neves
Jair Bolsonaro
José Serra
Robson Tuma
dentre outros.
mas o "golpe" não é o impeachment... é o que estão fazendo desde o final das eleições.
um eterno terceiro turno que, inclusive, já atingiu os objetivos de pautar o governo da Dilma.
e essa é uma das diferenças em relação ao caso do Collor.
o Collor assumiu com grande apoio da imprensa, ao invés de ser bombardeado desde o início do governo.
outras diferenças:
o Collor passou por um amplo processo de investigação e o processo de impeachment só foi iniciado DEPOIS de uma longa CPI em que sobraram provas de corrupção contra ele.
e há mais uma grande diferença, se não no mérito, pelo menos na possibilidade de conclusão do processo: como o Collor foi eleito presidente sem qualquer real base popular de apoio (basicamente, foi o candidato da Globo, fabricado em um Globo Repórter - "O caçador de marajás" e alimentado diariamente pelas notícias favoráveis). já a Dilma, ainda conta com um aguerrido apoio popular. qual a importância disso? só uma... pode dar treta!
no caso do Collor, passou longe de golpe.
talvez os pedidos do PT de abertura de impeachment de Itamar e FHC se aproximem mais disso... mas foram apenas pedidos, analisados e negados pelo Congresso. como você, Bruno, escreveu: "é um processo que pode ser iniciado até por uma pessoa qualquer do povo"
então, nesse caso, golpistas de um lado e golpistas do outro. a questão passa a ser observar quem aplaude o atual processo dizendo "ah, se lá foi golpe, então agora também pode", que, por si só , é um argumento burro e tacanho, já que a pessoa admite que isso é um golpe, parte do princípio que é algo errado e conclui que, mesmo errado, é bom pois é contra "os inimigos".
enfim, vale mais uma colocação:
o impeachment do Collor não foi "do PT"!
quer ver quem mais votou a favor da abertura do processo na Câmara?
Aécio Neves
Jair Bolsonaro
José Serra
Robson Tuma
dentre outros.
olha que interessante... a Veja já "prendeu" o Lula dezenas de vezes.. a cada denúncia de corrupção contra o PT, o acusado já vira capa e alvo de uma longa matéria "investigativa" e também já é declarado culpado.
nessa semana, o Azeredo foi condenado a 20 anos de prisão...
qual a capa da Veja?
"STAR WARS"
hahahaha
e ainda tem gente que nega a manipulação da grande imprensa.
e ainda tem gente que diz que a grande imprensa é imparcial.
e ainda tem gente que, absurdo dos absurdos, diz que a grande imprensa está ao lado do PT... mas aí, já é caso de internação por alguma psicopatologia de fuga da realidade...
nessa semana, o Azeredo foi condenado a 20 anos de prisão...
qual a capa da Veja?
"STAR WARS"
hahahaha
e ainda tem gente que nega a manipulação da grande imprensa.
e ainda tem gente que diz que a grande imprensa é imparcial.
e ainda tem gente que, absurdo dos absurdos, diz que a grande imprensa está ao lado do PT... mas aí, já é caso de internação por alguma psicopatologia de fuga da realidade...
mas imagino que ninguém do sokker tem essa ligação direta com o PT, por isso que mencionei que não entendo como alguém daqui pode conceber isso.
sera mesmo?
sera mesmo?
3 de agosto de 1992 - O ex-secretário de imprensa da presidência, Pedro Luís Rodrigues, avisa que não pretende se despedir de Collor ao deixar o governo. A executiva nacional do Partido dos Trabalhadores decide promover uma série de comícios no país pela aprovação do impeachment.
sempre achei q PT fosse abreviação de Partido dos Trabalhadores!!! mas vai ver estou errado!!!
1 de setembro de 1992 - Em meio a uma onda de manifestações por todo o país, os presidentes da Associação Brasileira de Imprensa, Barbosa Lima Sobrinho, e da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcello Laveniére, apresentam à Câmara o pedido de impeachment de Collor.
sera q PSDB é abreviação de Associação Brasileira de Imprensa ou de Ordem dos Advogados do Brasil? fiquei na duvida agora!!!
29 de setembro de 1992 - A Câmara dos Deputados vota a favor da abertura do processo de impeachment de Collor por 441 votos a favor e 33 contra.
ou sera q desses 441 votos, todos são de politicos ligados ao PSDB? outra duvida!!!
1º de outubro de 1992 - O processo de impeachment é instaurado no Senado.
2 de outubro de 1992 - Collor é afastado da Presidência até o Senado concluir o processo de impeachment. O vice-presidente Itamar Franco assume provisoriamente o governo e começa a escolher sua equipe ministerial.
29 de dezembro de 1992 - Começa o julgamento de Collor no Senado. O presidente renuncia por meio de uma carta lida pelo advogado Moura Rocha no Senado, para evitar o impeachment.
30 de dezembro de 1992 - Por 76 votos a favor e 3 contra, Fernando Collor é condenado à perda do mandato e à inelegibilidade por oito anos.
o mais curioso disso tudo:
O relatório da CPI afirmou que Collor cometeu crime de responsabilidade ao usar cheques fantasmas para o pagamento de despesas pessoais, como uma reforma na Casa da Dinda e a compra de um carro Fiat Elba. Com isso, o caminho para o impeachment estava aberto.
enquanto isso, a senhora dilma afundou a Petrobras, esta quebrando o Brasil e ainda tem gente questionando se ela fez algo ilicito ou não e pensar q o collor caiu por causa de uma reforma de casa e um fiat ELBA!!!
sempre achei q PT fosse abreviação de Partido dos Trabalhadores!!! mas vai ver estou errado!!!
1 de setembro de 1992 - Em meio a uma onda de manifestações por todo o país, os presidentes da Associação Brasileira de Imprensa, Barbosa Lima Sobrinho, e da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcello Laveniére, apresentam à Câmara o pedido de impeachment de Collor.
sera q PSDB é abreviação de Associação Brasileira de Imprensa ou de Ordem dos Advogados do Brasil? fiquei na duvida agora!!!
29 de setembro de 1992 - A Câmara dos Deputados vota a favor da abertura do processo de impeachment de Collor por 441 votos a favor e 33 contra.
ou sera q desses 441 votos, todos são de politicos ligados ao PSDB? outra duvida!!!
1º de outubro de 1992 - O processo de impeachment é instaurado no Senado.
2 de outubro de 1992 - Collor é afastado da Presidência até o Senado concluir o processo de impeachment. O vice-presidente Itamar Franco assume provisoriamente o governo e começa a escolher sua equipe ministerial.
29 de dezembro de 1992 - Começa o julgamento de Collor no Senado. O presidente renuncia por meio de uma carta lida pelo advogado Moura Rocha no Senado, para evitar o impeachment.
30 de dezembro de 1992 - Por 76 votos a favor e 3 contra, Fernando Collor é condenado à perda do mandato e à inelegibilidade por oito anos.
o mais curioso disso tudo:
O relatório da CPI afirmou que Collor cometeu crime de responsabilidade ao usar cheques fantasmas para o pagamento de despesas pessoais, como uma reforma na Casa da Dinda e a compra de um carro Fiat Elba. Com isso, o caminho para o impeachment estava aberto.
enquanto isso, a senhora dilma afundou a Petrobras, esta quebrando o Brasil e ainda tem gente questionando se ela fez algo ilicito ou não e pensar q o collor caiu por causa de uma reforma de casa e um fiat ELBA!!!
Bem da hora esse fiat elba, parece uma parati :p
ja pensou quantos fiat ELBA a dilma compraria com a grana q embolsou da Petrobras?
momento conversa com o espelho!
haha
seguindo com o diálogo, também gostava da Elba e também da Ipanema.
meu irmão tinha uma que dava para colocar mais ar na suspensão quando ia carregar muita coisa.
mas disseram que eram "carroças" e agora todos podemos comprar belos e velozes carros descartáveis!
haha
seguindo com o diálogo, também gostava da Elba e também da Ipanema.
meu irmão tinha uma que dava para colocar mais ar na suspensão quando ia carregar muita coisa.
mas disseram que eram "carroças" e agora todos podemos comprar belos e velozes carros descartáveis!
o nome disso é "alienação" e "massa de manobra".
é incrível como á fácil manipular a opinião pública... com uma campanha bem feita nos meios de comunicação, é possível transformar a maioria de ferrenho defensor de algo para implacável inimigo da mesma coisa, em pouquíssimo tempo.
é a tal "sociedade do espetáculo", no conceito do Debord...
e o tempo vai passando, vamos discutindo sempre o escândalo do momento e a moda da hora e não sobra tempo para questionar o essencial, os problemas estruturais.
é possível que a ideia seja justamente essa!
é incrível como á fácil manipular a opinião pública... com uma campanha bem feita nos meios de comunicação, é possível transformar a maioria de ferrenho defensor de algo para implacável inimigo da mesma coisa, em pouquíssimo tempo.
é a tal "sociedade do espetáculo", no conceito do Debord...
e o tempo vai passando, vamos discutindo sempre o escândalo do momento e a moda da hora e não sobra tempo para questionar o essencial, os problemas estruturais.
é possível que a ideia seja justamente essa!
Sobre a manipulação da grande impressa
O estado de Minas noticiou a seguinte manchete outro dia: Após uma semana da tragédia, finalmente, Dilma visita Mariana.
Percebe a palavrinha enfiada ali no meio que desmoralizou a conduta da presidenta Dilma? É essa a impressa parcial que temos. Durante 12 anos o Estado de Minas não noticiou em machetes nenhuma conduta do Aécio. Que inclusive pedalou com recursos da saúde de minas gerais e o TCE arquivou o processo. O mensalão Tucano nunca foi manchete no jornal, apenas notas de "rodapé" de página.
concordo com o cataplasma. Eu me pergunto se existe liberdade de expressão em m pais que sete famílias comandam 95% dos meios de comunicação da grande impressa. Que colocam fatos principais como secundários para acobertas parceiros, e fatos secundarios como principal para acusar opositores. Criticam quando os opositores tem uma conduta correta com um assunto que foge da pauta, e vangloriam parceiros quando eles fazem uma conduta correta apesar dos escândalos e das falcatruas.
O estado de Minas noticiou a seguinte manchete outro dia: Após uma semana da tragédia, finalmente, Dilma visita Mariana.
Percebe a palavrinha enfiada ali no meio que desmoralizou a conduta da presidenta Dilma? É essa a impressa parcial que temos. Durante 12 anos o Estado de Minas não noticiou em machetes nenhuma conduta do Aécio. Que inclusive pedalou com recursos da saúde de minas gerais e o TCE arquivou o processo. O mensalão Tucano nunca foi manchete no jornal, apenas notas de "rodapé" de página.
concordo com o cataplasma. Eu me pergunto se existe liberdade de expressão em m pais que sete famílias comandam 95% dos meios de comunicação da grande impressa. Que colocam fatos principais como secundários para acobertas parceiros, e fatos secundarios como principal para acusar opositores. Criticam quando os opositores tem uma conduta correta com um assunto que foge da pauta, e vangloriam parceiros quando eles fazem uma conduta correta apesar dos escândalos e das falcatruas.
Cara, eu nem sou contra o impeachment, já externei minha posição aqui, embora ache que tudo deve ser feito no seu tempo. Deve haver investigação, provas e aí sim, a retirada da presidente, o que não se pode é retirar um presidente por falta de popularidade ou por incompetência (parece controverso, mas é a lei, é como funciona). Dessa forma, eu nunca usaria a palavra golpe, embora seja uma maneira fácil de alguns (inclusive aqui no fórum) rotularem, para arrumarem uma forma de te criticar, quando não têm argumentos.
É simples, se todos os passos do processo forem seguidos e a Dilma cair, é constitucional, não tem discussão. O que gera uma grande controvérsia é a forma que vem se dando, com atropelos de fases, modificação de ritos já usuais e o jogo para se conseguir isso. Não vou dizer que é golpe, mas acaba descredibilizando todo o processo, porque vira um jogo de interesses. No fim, não importa o motivo, não importa o dolo, desde que a troca de favores seja realizada.
É simples, se todos os passos do processo forem seguidos e a Dilma cair, é constitucional, não tem discussão. O que gera uma grande controvérsia é a forma que vem se dando, com atropelos de fases, modificação de ritos já usuais e o jogo para se conseguir isso. Não vou dizer que é golpe, mas acaba descredibilizando todo o processo, porque vira um jogo de interesses. No fim, não importa o motivo, não importa o dolo, desde que a troca de favores seja realizada.
Uma coisa que se alinha ao que você falou foi esse acontecimento, essa semana, com o Chico Buarque. Eu nem sou fã do cara, embora respeite o trabalho dele (é o mínimo), mas o cara tem direito de ter a posição que quiser. O cara está jantand com amigos, é parado, ofendido, com toda educação para, responde com calma, continua sendo xingado e a manchete dos principais veículos é: Chico Buarque bate boca no Leblon por posições políticas.
Uma simples manchete transfere todo o ônus do agressor para a vítima! E é o que se faz diversas vezes, conforme a conveniência...
A única coisa que não pode haver é a presidente soltar nota pública de repúdio ao acontecimento. Da mesma forma que critica a agressão por alinhamento político, passa a ter a obrigação de fazer o mesmo quando alguém que defenda o outro lado, como um Lobão da vida, seja ofendido na rua também.
Uma simples manchete transfere todo o ônus do agressor para a vítima! E é o que se faz diversas vezes, conforme a conveniência...
A única coisa que não pode haver é a presidente soltar nota pública de repúdio ao acontecimento. Da mesma forma que critica a agressão por alinhamento político, passa a ter a obrigação de fazer o mesmo quando alguém que defenda o outro lado, como um Lobão da vida, seja ofendido na rua também.
É, isso sim eu concordo, há jogo de interesses em todo esse processo, mas o ordenamento jurídico dá margem pra isso. O julgamento final é justamente um julgamento político, não é técnico. Na Câmara, é algo como "devemos ou não iniciar um processo pra cassar o mandato da presidente? Se sim, apontamos qual ato praticado por ela para justificar a instauração?". E no Senado é mais do tipo "tá, ele praticou vários atos ilícitos (ou não, pouco importa), mas é conveniente que ele se mantenha no cargo pra completar o mandato?". E o que se passa nos bastidores da Câmara e do Senado pra cada Deputado e Senador formar esse juízo de valor é que é o problema.
Não me furto a enxergar isso, porque sei que ocorre. Mas ainda que haja descrédito, sobretudo pela forma como agem nossos congressistas e governistas, é tudo de acordo com o ordenamento jurídico. Tudo com previsão legal. Então só não concordo em se falar que é golpe, porque é a deturpação completa dessa palavra. Golpe é praticar atos contrários à legalidade justamente para se obter um fim escuso. É algum tipo de grupo ou parcela da sociedade praticar atos contrários a todo o sistema legal e conseguir um resultado que o ordenamento jurídico não previa. Golpe seria como no nosso passado, em que um grupo primeiro impôs a suposta "vontade da nação" pra justificar sua ascensão ao poder e depois criou uma forma de fechar o Congresso e justificar com um "Considerando" meia-boca e continuar o processo de inverter toda a ordem legal vigente. Algo como:
À NAÇÃO
É indispensável fixar o conceito do movimento civil e militar que acaba de abrir ao Brasil uma nova perspectiva sobre o seu futuro. O que houve e continuará a haver neste momento, não só no espírito e no comportamento das classes armadas, como na opinião pública nacional, é uma autêntica revolução.
A revolução se distingue de outros movimentos armados pelo fato de que nela se traduz, não o interesse e a vontade de um grupo, mas o interesse e a vontade da Nação.
(...)
Fica, assim, bem claro que a revolução não procura legitimar-se através do Congresso. Este é que recebe deste Ato Institucional, resultante do exercício do Poder Constituinte, inerente a todas as revoluções, a sua legitimação.[i]
E, após o Congresso não se curvar pra uma série de autoritarismos, vir coisas como:
[i]CONSIDERANDO que esse mesmo Poder Revolucionário, exercido pelo Presidente da República, ao convocar o Congresso Nacional para discutir, votar e promulgar a nova Constituição, estabeleceu que esta, além de representar "a institucionalização dos ideais e princípios da Revolução", deveria "assegurar a continuidade da obra revolucionária" (Ato Institucional nº 4, de 7 de dezembro de 1966);
E emendando coisas golpistas como:
Art. 2º - O Presidente da República poderá decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras de Vereadores, por Ato Complementar, em estado de sitio ou fora dele, só voltando os mesmos a funcionar quando convocados pelo Presidente da República.
§ 1º - Decretado o recesso parlamentar, o Poder Executivo correspondente fica autorizado a legislar em todas as matérias e exercer as atribuições previstas nas Constituições ou na Lei Orgânica dos Municípios.
(...)
Art. 10 - Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.
Art. 11 - Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.
Não me furto a enxergar isso, porque sei que ocorre. Mas ainda que haja descrédito, sobretudo pela forma como agem nossos congressistas e governistas, é tudo de acordo com o ordenamento jurídico. Tudo com previsão legal. Então só não concordo em se falar que é golpe, porque é a deturpação completa dessa palavra. Golpe é praticar atos contrários à legalidade justamente para se obter um fim escuso. É algum tipo de grupo ou parcela da sociedade praticar atos contrários a todo o sistema legal e conseguir um resultado que o ordenamento jurídico não previa. Golpe seria como no nosso passado, em que um grupo primeiro impôs a suposta "vontade da nação" pra justificar sua ascensão ao poder e depois criou uma forma de fechar o Congresso e justificar com um "Considerando" meia-boca e continuar o processo de inverter toda a ordem legal vigente. Algo como:
À NAÇÃO
É indispensável fixar o conceito do movimento civil e militar que acaba de abrir ao Brasil uma nova perspectiva sobre o seu futuro. O que houve e continuará a haver neste momento, não só no espírito e no comportamento das classes armadas, como na opinião pública nacional, é uma autêntica revolução.
A revolução se distingue de outros movimentos armados pelo fato de que nela se traduz, não o interesse e a vontade de um grupo, mas o interesse e a vontade da Nação.
(...)
Fica, assim, bem claro que a revolução não procura legitimar-se através do Congresso. Este é que recebe deste Ato Institucional, resultante do exercício do Poder Constituinte, inerente a todas as revoluções, a sua legitimação.[i]
E, após o Congresso não se curvar pra uma série de autoritarismos, vir coisas como:
[i]CONSIDERANDO que esse mesmo Poder Revolucionário, exercido pelo Presidente da República, ao convocar o Congresso Nacional para discutir, votar e promulgar a nova Constituição, estabeleceu que esta, além de representar "a institucionalização dos ideais e princípios da Revolução", deveria "assegurar a continuidade da obra revolucionária" (Ato Institucional nº 4, de 7 de dezembro de 1966);
E emendando coisas golpistas como:
Art. 2º - O Presidente da República poderá decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras de Vereadores, por Ato Complementar, em estado de sitio ou fora dele, só voltando os mesmos a funcionar quando convocados pelo Presidente da República.
§ 1º - Decretado o recesso parlamentar, o Poder Executivo correspondente fica autorizado a legislar em todas as matérias e exercer as atribuições previstas nas Constituições ou na Lei Orgânica dos Municípios.
(...)
Art. 10 - Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.
Art. 11 - Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.
Mas eu entendi o que vc e o cataplasma quiseram dizer, são contra todo esse movimento que se dá por baixa popularidade e são contra o jogo de interesses escusos que ocorre por de trás disso. E sobre isso eu tb sou contra, só não acha que esteja ocorrendo qualquer tipo de golpe, como enfatizei antes.
É, acho que agora o nosso amigo Lula e a tia Dilma vão pro saco hein..
hahaha, vamos aguardar os próximos dias, tomara que o Delcídio tenha feita a delação mesmo.
O cara não negou, acho bem provável. Só espero que, sendo verdade que tenha delatado, não deixem de levar adiante no STF.