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Será que meu filho embarcou em uma furada então???
Produção é tipo adm com um pouco de conhecimento das outras engenharias. É mais pro gerente ter uma mínima noção das coisas que ele gerencia.
Antes os gerentes eram sempre engenheiros mais experientes sem conhecimento nenhum de adm. Esse curso tenta ser um meio termo e com técnicas de produção. Aprende as técnicas normalmente japoneses de controle de produção e tal.
Antes os gerentes eram sempre engenheiros mais experientes sem conhecimento nenhum de adm. Esse curso tenta ser um meio termo e com técnicas de produção. Aprende as técnicas normalmente japoneses de controle de produção e tal.
Se ele gosta um pouco de mulher é um bom curso. Se ele gosta muito precisa fazer letras. Se ele não gosta deve mudar pra elétrica. Kkkk
Não saquei a relação... mas ele é casado com uma!
E meu caçula, que faz eng. elétrica, é quase noivo de uma colega de sala, do 7º período!
(edited)
E meu caçula, que faz eng. elétrica, é quase noivo de uma colega de sala, do 7º período!
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Pra 80 ou até 90% da galera que faz engenharia nas principais faculdades essa diferenciação entre cada tipo de engenharia não serve de nada. No fim das contas as empresas de ponta, que pagam melhor e tem mais benefícios, vão procurar gente pelo perfil, não pelo curso; e esse monte de engenheiro vai estar em busca dos mesmos empregos.
Experiência própria.
Experiência própria.
Na verdade, é meio que uma piada dentro da própria engenharia, justamente por isso que o David falou. Engenharia é meio como estereotipado como cálculo puro. Muita matemática, física, desenho técnico, enquanto a Produção, embora obviamente tenha uma parcela isso, parece ser meio voltada para uma administração.
E é uma diferença visível... Eu estudava no Fundão e tinha um prédio com 8 blocos, cada um para uma engenharia e um para Matemática e Física. Na porta de todos os blocos, você via um monte de cara de bermuda, camiseta e chinelo. Passava na porta da produção e nego no segundo período já ia de camisa social ou terno. Era bizarra demais a diferença.
E é uma diferença visível... Eu estudava no Fundão e tinha um prédio com 8 blocos, cada um para uma engenharia e um para Matemática e Física. Na porta de todos os blocos, você via um monte de cara de bermuda, camiseta e chinelo. Passava na porta da produção e nego no segundo período já ia de camisa social ou terno. Era bizarra demais a diferença.
Pra 80 ou até 90% da galera que faz engenharia nas principais faculdades essa diferenciação entre cada tipo de engenharia não serve de nada. No fim das contas as empresas de ponta, que pagam melhor e tem mais benefícios, vão procurar gente pelo perfil, não pelo curso; e esse monte de engenheiro vai estar em busca dos mesmos empregos.
Experiência própria.
Po, acho bem exagerado esse seu número. Você pode estar falando para casos de gerência, mas para produção e projeto, que correspondem à maior parte da área, é impossível essa não diferenciação. Já é improvável que você encontre um engenheiro civil com ênfase em Construção Civil que faça os projetos que eu faço, imagina de outra cadeira. Da mesma forma, me passa o projeto de um motor que vou olhar e não entender nada.
O que acontece em empresas grandes é que elas estão virando cada vez mais gerenciadoras, você não vê técnico ali. O cara tá tocando um empreendimento gigantesco, mas nem entende o que está no desenho. Está mais preocupado nos custos e logística.
Se eu faço um projeto para a Petrobras e mando um desenho com um projeto mal feito, cheio de erros, vai passar batido, agora se no código do carimbo do desenho eu escrever um código PE ao invés de PB, volta para a minha caixa em 5 minutos para eu corrigir.
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Experiência própria.
Po, acho bem exagerado esse seu número. Você pode estar falando para casos de gerência, mas para produção e projeto, que correspondem à maior parte da área, é impossível essa não diferenciação. Já é improvável que você encontre um engenheiro civil com ênfase em Construção Civil que faça os projetos que eu faço, imagina de outra cadeira. Da mesma forma, me passa o projeto de um motor que vou olhar e não entender nada.
O que acontece em empresas grandes é que elas estão virando cada vez mais gerenciadoras, você não vê técnico ali. O cara tá tocando um empreendimento gigantesco, mas nem entende o que está no desenho. Está mais preocupado nos custos e logística.
Se eu faço um projeto para a Petrobras e mando um desenho com um projeto mal feito, cheio de erros, vai passar batido, agora se no código do carimbo do desenho eu escrever um código PE ao invés de PB, volta para a minha caixa em 5 minutos para eu corrigir.
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Talvez sua área, Civil, ainda haja muita especificidade, ainda seja exceção.
Mas a questão, Leogar, é que a parte especializada de um projeto/produção não é a maior parte da área. Numa empresa que produz bombas, por exemplo, para cada engenheiro químico e/ou mecânico que vai cuidar dos cálculos de mecânica dos fluídos, do motor e do resto da bomba em si, vc tem um punhado de gente em outras áreas, como qualidade, compras/suprimentos, vendas, planejamento estratégico, etc. E boa parte desse punhado de gente é formado por engenheiros de qualquer área. Como vc mesmo disse, as grandes empresas estão virando cada vez mais gerenciadoras, e é esse caminho de gerência que boa parte da galera nos cursos de engenharia nas grandes universidades quer seguir. E, para ser um gerente, é preciso começar como um analista.
Eu me formei em engenharia pela UNICAMP. Tive/tenho muito contato principalmente com gente de produção, alimentos e mecânica, mas conheci gente de toda engenharia. E tenho certeza que, dentro de uma USP/UNICAMP da vida, uns 80-90% dos alunos saem da engenharia para esse caminho de gerenciar, seguindo o mesmo rumo independente de qual engenharia escolheu.
Ah, claro que minha amostra é o estado de São Paulo, onde estão a maior parte das matrizes (e, consequentemente, das áreas corporativas) das grandes empresas. Provavelmente isso influencia bastante, e é possível que nos outros estados essa proporção seja menor.
Mas a questão, Leogar, é que a parte especializada de um projeto/produção não é a maior parte da área. Numa empresa que produz bombas, por exemplo, para cada engenheiro químico e/ou mecânico que vai cuidar dos cálculos de mecânica dos fluídos, do motor e do resto da bomba em si, vc tem um punhado de gente em outras áreas, como qualidade, compras/suprimentos, vendas, planejamento estratégico, etc. E boa parte desse punhado de gente é formado por engenheiros de qualquer área. Como vc mesmo disse, as grandes empresas estão virando cada vez mais gerenciadoras, e é esse caminho de gerência que boa parte da galera nos cursos de engenharia nas grandes universidades quer seguir. E, para ser um gerente, é preciso começar como um analista.
Eu me formei em engenharia pela UNICAMP. Tive/tenho muito contato principalmente com gente de produção, alimentos e mecânica, mas conheci gente de toda engenharia. E tenho certeza que, dentro de uma USP/UNICAMP da vida, uns 80-90% dos alunos saem da engenharia para esse caminho de gerenciar, seguindo o mesmo rumo independente de qual engenharia escolheu.
Ah, claro que minha amostra é o estado de São Paulo, onde estão a maior parte das matrizes (e, consequentemente, das áreas corporativas) das grandes empresas. Provavelmente isso influencia bastante, e é possível que nos outros estados essa proporção seja menor.
Então, Gido. Pode ser isso, justamente por você estar perto de uma concentração de matrizes, mas o que eu digo é que como eu trabalho diretamente para essas empresas, uma OAS, Odebrecht (pra resumir, a lista da Lava Jato), incentiva esse tipo de profissional porque a grana está sempre na execução, não no projeto. Essas empresas podem ter um departamento ou outro pequeno para o básico, mas terceiriza tudo.
A questão é que tem que haver essas empresas a serem terceirizadas, como a minha. E para cada gigante dessas, algumas dezenas, talvez centenas de pequenas empresas técnicas prestam serviço, então as coisas se equilibram. O problema que vejo nessa priorização cada vez mais precoce é que estão formando gerentes cada vez com menos conhecimento técnico. O cara sabe analisar como ninguém custos ou uma planilha, mas não tem senso crítico para ver se o objeto ao que ela se refere tem sentido ou não.
Eu lembro que me formei na mesma época que duas pessoas de uma empresa para quem eu prestava serviço. Eles se formaram, a empresa financiou um MBA para os dois e coisa de dois anos depois, eles já eram gerentes de projeto lá, não calculavam mais nada, mesmo sem terem tido a mínima experiência prática na vida.
A questão é que tem que haver essas empresas a serem terceirizadas, como a minha. E para cada gigante dessas, algumas dezenas, talvez centenas de pequenas empresas técnicas prestam serviço, então as coisas se equilibram. O problema que vejo nessa priorização cada vez mais precoce é que estão formando gerentes cada vez com menos conhecimento técnico. O cara sabe analisar como ninguém custos ou uma planilha, mas não tem senso crítico para ver se o objeto ao que ela se refere tem sentido ou não.
Eu lembro que me formei na mesma época que duas pessoas de uma empresa para quem eu prestava serviço. Eles se formaram, a empresa financiou um MBA para os dois e coisa de dois anos depois, eles já eram gerentes de projeto lá, não calculavam mais nada, mesmo sem terem tido a mínima experiência prática na vida.
E, honestamente, falando da minha área, porque acaba sendo a mais visível na engenharia, eu não duvido que muito disso tenha implicação nesse monte de obra de baixa qualidade que vem dando problema por aí.
Aqui no sul essa proporção é diferente. Diria que mais da metade dos engenheiros aqui fazem papel de engenheiro mesmo e não administrador.
Aqui tem muitas vagas de engenheiro que atuam como técnicos mais gabaritados tb. Para essas vagas de técnico de campo em que o salário é alto sempre tem engenheiros pra preencher.
Aqui tem muitas vagas de engenheiro que atuam como técnicos mais gabaritados tb. Para essas vagas de técnico de campo em que o salário é alto sempre tem engenheiros pra preencher.