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Subject: Nada como a política!
msm site, materias diferentes:
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/150116_penademorte_ss
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/150116_penademorte_ss
nem precisa falar q antes de acusar alguem vc deveria se certificar, pq isso é questão de carater, alguns tem, outros não!! ;p
Erro meu, embora fundamentado, como postei aqui e você mesmo apontou que era no mesmo portal.
Assim como disse para o Fernando, vou ignorar a parte do caráter, ainda mais vindo de você, para não desvirtuar o tópico.
Assim como disse para o Fernando, vou ignorar a parte do caráter, ainda mais vindo de você, para não desvirtuar o tópico.
msm errado ainda coloca q foi um erro fundamentado!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Pra voces, qual seria uma medida imediatista para combater a violencia no Rio de Janeiro, por exemplo?
Cara, o problema de violência do Rio vem de décadas, qualquer pessoa que jogue uma solução no ar do nada, vai estar errado. Qualquer coisa para solucionar, tem que vir com política de longo prazo e nenhum político quer isso, porque não reelege. Por princípio, a violência surge da desigualdade social, então o caminho mais óbvio é reduzir isso, mas não é fácil.
Um exemplo direto... A política de UPP's funcionou por um tempo, mas os próprios especialistas que participaram da implementação, como o Beltrame, apontaram erros básicos. Primeiro que colocavam uma "delegacia" lá no meio da favela, mas não integravam essa favela à sociedade. Não levavam saúde, educação, emprego, saneamento, nada. Segundo que com a corrupção e roubos, as verbas foram minguando e esses policiais lá dentro começaram a não ter mais nem estrutura para se manter. E por último, quem é carioca conhece a realidade da polícia daqui. Muitos acabaram formando até milícias dentro das localidades... Por fim, a forma de ocupação também era bem "sui generis"... Avisavam com antecedência sobre a ocupação para evitar confrontos, os bandidos fugiam levando tudo e só iam para outro local. Em algum momento, eles não teriam mais para onde ir e acabariam voltando.
Existe também a questão da legalização das drogas, mas eu sou cético quanto a isso. Tento ler cada vez mais sobre o assunto, mas não acho que daria certo em um local como o Brasil em geral e o Rio especificamente. Mas, sei lá... Já chegou num ponto em que eu até aceitaria um teste por um determinado período para ver o que aconteceria.
Um exemplo direto... A política de UPP's funcionou por um tempo, mas os próprios especialistas que participaram da implementação, como o Beltrame, apontaram erros básicos. Primeiro que colocavam uma "delegacia" lá no meio da favela, mas não integravam essa favela à sociedade. Não levavam saúde, educação, emprego, saneamento, nada. Segundo que com a corrupção e roubos, as verbas foram minguando e esses policiais lá dentro começaram a não ter mais nem estrutura para se manter. E por último, quem é carioca conhece a realidade da polícia daqui. Muitos acabaram formando até milícias dentro das localidades... Por fim, a forma de ocupação também era bem "sui generis"... Avisavam com antecedência sobre a ocupação para evitar confrontos, os bandidos fugiam levando tudo e só iam para outro local. Em algum momento, eles não teriam mais para onde ir e acabariam voltando.
Existe também a questão da legalização das drogas, mas eu sou cético quanto a isso. Tento ler cada vez mais sobre o assunto, mas não acho que daria certo em um local como o Brasil em geral e o Rio especificamente. Mas, sei lá... Já chegou num ponto em que eu até aceitaria um teste por um determinado período para ver o que aconteceria.
Uma coisa eu concordo contigo.. imediatismo não existe no assunto que estão discutindo.
Mas uma coisa é certa.. 1 "bandido" morto é um a menos para cometer um outro crime. Que vão surgir outros no lugar vão.. por isso mesmo que algo assim só seria amenizado a longo prazo, e bem longo.
Prisão perpétua é gasto extra, em alimentação, em prisões, em tudo. E ainda tem a chance de escaparem e se perder todo o "trabalho". Morto não gasta e não foge.
Chega de gastar mais 100 anos encomendando pesquisas e analisando números. Isso sim que não resolve b**** nenhuma.
Pra gastar menos dinheiro com balas.. junta tudo num buraco e solta 1 bomba só...
Mas uma coisa é certa.. 1 "bandido" morto é um a menos para cometer um outro crime. Que vão surgir outros no lugar vão.. por isso mesmo que algo assim só seria amenizado a longo prazo, e bem longo.
Prisão perpétua é gasto extra, em alimentação, em prisões, em tudo. E ainda tem a chance de escaparem e se perder todo o "trabalho". Morto não gasta e não foge.
Chega de gastar mais 100 anos encomendando pesquisas e analisando números. Isso sim que não resolve b**** nenhuma.
Pra gastar menos dinheiro com balas.. junta tudo num buraco e solta 1 bomba só...
cataplasma to
naldo
mas.. geeeente.. e quem falou que quem manda no país quer que a violência diminua??
é justamente o contrário.
com a violência extrema, fica fácil engambelar a população a cada eleição, com propostas imediatistas (e que nada vão resolver, obviamente). fica fácil para qualquer político despreparado ganhar votos com discursinho pró liberação das armas, pró pena de morte, propagando ódio e a cultura do "olho por olho, dente por dente".
Uma população amedrontada é muito mais facilmente controlada.
Aceita qualquer proposta de redução de direitos "em troca" de mais dinheiro para a segurança (o que, de novo, não irá resolver nada).
E, principalmente.. a violência é necessária para a economia!
O capitalismo precisa dela.
O capitalismo moribundo não tem mais como lidar de maneira salutar com sua contradição fundamental:
A MECANIZAÇÃO E AS EVOLUÇÕES DOS PROCESSOS PRODUTIVOS AUMENTAM A PRODUTIVIDADE E A PRODUÇÃO, MAS GERAM DESEMPREGO E DIMINUEM O MERCADO CONSUMIDOR.
Assim.. o maior papel do Estado submetido à ótica do mercado é ir gerindo essa eterna crise.. uma crise não conjuntural, mas sim, estrutural.
Como ele faz isso? De diversas maneiras, passando por duas grandes frentes:
1- geração de empregos
2 - distribuição de renda
Em relação ao ponto dois, o caso emblemático é o Bolsa Família. O governo injeta dinheiro na economia e, assim, o empresariado passa a contar com um aumento do poder de consumo da população para comprar seus produtos. Engana-se quem acha que programas como o bolsa família são "políticas de esquerda". Podem até ter um "traço de esquerda", do ponto de vista da cidadania... mas, são políticas totalmente inseridas e explicadas pela lógica do mercado. Do ponto de vista principal, o econômico, são, portanto, políticas de direita.. que não visam a revolução nem uma transformação profunda da sociedade e de suas relações de produção.
Mas o ponto mais importante e que está relacionado ao tema aqui debatido é o ponto 1.. a geração de empregos. Como já explicado acima, o capitalismo precisa gerar empregos. Não importa o emprego.. tem que gerar... a população precisa estar ocupada (para não pensar em bobagens como a melhoria da qualidade de vida e a luta pelos direitos) e precisa ter dinheiro no bolso para gastar.
Então, o capitalismo em seu atual estágio precisa de: empregos inúteis e sem relação com o setor produtivo (e dá-lhe 3o setor), ineficiência, consumismo, etc. Aí, dá-lhe produtos cada vez mais descartáveis, geração crescente de resíduos, criação de falsas necessidades através da propaganda, etc.
E é aí que a violência tem o seu papel.. já pensaram em quantos empregos e ocupações ela gera? Traficantes e policiais, fabricantes de alarmes e grades, guardas particulares, oficinas para blindagem de carros, vendedores e instaladores de concertinas, câmeras de segurança e cercas elétricas, companhias de seguros, comentaristas de violência na TV, etc, etc etc.
A violência no Brasil faz parte do projeto para o país.
P.S. Em tempo.. quando os países/mercado não conseguem lidar com a contradição citada no início do texto, gerando muito mais produção do que consumo? AS CRISES DE SUPERPRODUÇÃO. Aí, meus caros.. é o caos e a barbárie. Quem se interessar pelo assunto, dá uma olhada nas ações do New Deal pós crise de super produção de 1929 (basicamente, geração de empregos e injeção de dinheiro na economia - seguro desemprego, empréstimos a a agricultores, etc).
Outra solução que costuma ser utilizada são as grandes guerras (isso queima produção que é uma enormidade!).
(edited)
é justamente o contrário.
com a violência extrema, fica fácil engambelar a população a cada eleição, com propostas imediatistas (e que nada vão resolver, obviamente). fica fácil para qualquer político despreparado ganhar votos com discursinho pró liberação das armas, pró pena de morte, propagando ódio e a cultura do "olho por olho, dente por dente".
Uma população amedrontada é muito mais facilmente controlada.
Aceita qualquer proposta de redução de direitos "em troca" de mais dinheiro para a segurança (o que, de novo, não irá resolver nada).
E, principalmente.. a violência é necessária para a economia!
O capitalismo precisa dela.
O capitalismo moribundo não tem mais como lidar de maneira salutar com sua contradição fundamental:
A MECANIZAÇÃO E AS EVOLUÇÕES DOS PROCESSOS PRODUTIVOS AUMENTAM A PRODUTIVIDADE E A PRODUÇÃO, MAS GERAM DESEMPREGO E DIMINUEM O MERCADO CONSUMIDOR.
Assim.. o maior papel do Estado submetido à ótica do mercado é ir gerindo essa eterna crise.. uma crise não conjuntural, mas sim, estrutural.
Como ele faz isso? De diversas maneiras, passando por duas grandes frentes:
1- geração de empregos
2 - distribuição de renda
Em relação ao ponto dois, o caso emblemático é o Bolsa Família. O governo injeta dinheiro na economia e, assim, o empresariado passa a contar com um aumento do poder de consumo da população para comprar seus produtos. Engana-se quem acha que programas como o bolsa família são "políticas de esquerda". Podem até ter um "traço de esquerda", do ponto de vista da cidadania... mas, são políticas totalmente inseridas e explicadas pela lógica do mercado. Do ponto de vista principal, o econômico, são, portanto, políticas de direita.. que não visam a revolução nem uma transformação profunda da sociedade e de suas relações de produção.
Mas o ponto mais importante e que está relacionado ao tema aqui debatido é o ponto 1.. a geração de empregos. Como já explicado acima, o capitalismo precisa gerar empregos. Não importa o emprego.. tem que gerar... a população precisa estar ocupada (para não pensar em bobagens como a melhoria da qualidade de vida e a luta pelos direitos) e precisa ter dinheiro no bolso para gastar.
Então, o capitalismo em seu atual estágio precisa de: empregos inúteis e sem relação com o setor produtivo (e dá-lhe 3o setor), ineficiência, consumismo, etc. Aí, dá-lhe produtos cada vez mais descartáveis, geração crescente de resíduos, criação de falsas necessidades através da propaganda, etc.
E é aí que a violência tem o seu papel.. já pensaram em quantos empregos e ocupações ela gera? Traficantes e policiais, fabricantes de alarmes e grades, guardas particulares, oficinas para blindagem de carros, vendedores e instaladores de concertinas, câmeras de segurança e cercas elétricas, companhias de seguros, comentaristas de violência na TV, etc, etc etc.
A violência no Brasil faz parte do projeto para o país.
P.S. Em tempo.. quando os países/mercado não conseguem lidar com a contradição citada no início do texto, gerando muito mais produção do que consumo? AS CRISES DE SUPERPRODUÇÃO. Aí, meus caros.. é o caos e a barbárie. Quem se interessar pelo assunto, dá uma olhada nas ações do New Deal pós crise de super produção de 1929 (basicamente, geração de empregos e injeção de dinheiro na economia - seguro desemprego, empréstimos a a agricultores, etc).
Outra solução que costuma ser utilizada são as grandes guerras (isso queima produção que é uma enormidade!).
(edited)
Lubiz to
cataplasma
A MECANIZAÇÃO E AS EVOLUÇÕES DOS PROCESSOS PRODUTIVOS AUMENTAM A PRODUTIVIDADE E A PRODUÇÃO, MAS GERAM DESEMPREGO E DIMINUEM O MERCADO CONSUMIDOR.
Os EUA estão com uma das mais baixas taxas de desemprego da história e crescimento de 4%. E apesar de terem uma anta na presidência.
Em relação ao ponto dois, o caso emblemático é o Bolsa Família. O governo injeta dinheiro na economia e, assim, o empresariado passa a contar com um aumento do poder de consumo da população para comprar seus produtos. Engana-se quem acha que programas como o bolsa família são "políticas de esquerda". Podem até ter um "traço de esquerda", do ponto de vista da cidadania... mas, são políticas totalmente inseridas e explicadas pela lógica do mercado.
As pessoas têm fixação pelo bolsa-família, ora para o bem, ora para o mal.
O que realmente trouxe melhoria na vida das pessoas nos anos 2004-2010 foi o boom das commodities, que gerou uma situação de pleno emprego. Capitalismo, sem devaneios.
Então, o capitalismo em seu atual estágio precisa de: empregos inúteis e sem relação com o setor produtivo (e dá-lhe 3o setor), ineficiência, consumismo, etc. Aí, dá-lhe produtos cada vez mais descartáveis, geração crescente de resíduos, criação de falsas necessidades através da propaganda, etc.
Consumismo, sem dúvida. Empregos inúteis é pra quem acha que no mundo plantar comida é tudo que pode interessar. E ineficiência, no capitalismo, sempre teve uma inimiga mortal: a concorrência.
população precisa estar ocupada (para não pensar em bobagens como a melhoria da qualidade de vida e a luta pelos direitos) e precisa ter dinheiro no bolso para gastar.
Como disse antes, foi a situação de pleno emprego que vivemos que melhorou nossas vidas. Isso porque, com baixo desemprego, os salários tendem a subir, bem como as condições de trabalho. É a lei da oferta e procura, base do capitalismo (o de verdade, não o das cartilhas da esquerda latino-americana).
Quem se interessar pelo assunto, dá uma olhada nas ações do New Deal pós crise de super produção de 1929 (basicamente, geração de empregos e injeção de dinheiro na economia - seguro desemprego, empréstimos a a agricultores, etc)
É por pensar desse jeito que nossa 'esquerda' é uma das coisas mais retrógradas que temos. Ainda está lutando contra o capitalismo lá do começo do século passado.
O comunismo (sim, ele) forçou o desenvolvimento do capitalismo para algo mais preocupado com o bem estar social.
Muito mais que o capitalismo, vivemos uma crise de representatividade no mundo. Crise política, da Democracia como a conhecemos até aqui.
Os EUA estão com uma das mais baixas taxas de desemprego da história e crescimento de 4%. E apesar de terem uma anta na presidência.
Em relação ao ponto dois, o caso emblemático é o Bolsa Família. O governo injeta dinheiro na economia e, assim, o empresariado passa a contar com um aumento do poder de consumo da população para comprar seus produtos. Engana-se quem acha que programas como o bolsa família são "políticas de esquerda". Podem até ter um "traço de esquerda", do ponto de vista da cidadania... mas, são políticas totalmente inseridas e explicadas pela lógica do mercado.
As pessoas têm fixação pelo bolsa-família, ora para o bem, ora para o mal.
O que realmente trouxe melhoria na vida das pessoas nos anos 2004-2010 foi o boom das commodities, que gerou uma situação de pleno emprego. Capitalismo, sem devaneios.
Então, o capitalismo em seu atual estágio precisa de: empregos inúteis e sem relação com o setor produtivo (e dá-lhe 3o setor), ineficiência, consumismo, etc. Aí, dá-lhe produtos cada vez mais descartáveis, geração crescente de resíduos, criação de falsas necessidades através da propaganda, etc.
Consumismo, sem dúvida. Empregos inúteis é pra quem acha que no mundo plantar comida é tudo que pode interessar. E ineficiência, no capitalismo, sempre teve uma inimiga mortal: a concorrência.
população precisa estar ocupada (para não pensar em bobagens como a melhoria da qualidade de vida e a luta pelos direitos) e precisa ter dinheiro no bolso para gastar.
Como disse antes, foi a situação de pleno emprego que vivemos que melhorou nossas vidas. Isso porque, com baixo desemprego, os salários tendem a subir, bem como as condições de trabalho. É a lei da oferta e procura, base do capitalismo (o de verdade, não o das cartilhas da esquerda latino-americana).
Quem se interessar pelo assunto, dá uma olhada nas ações do New Deal pós crise de super produção de 1929 (basicamente, geração de empregos e injeção de dinheiro na economia - seguro desemprego, empréstimos a a agricultores, etc)
É por pensar desse jeito que nossa 'esquerda' é uma das coisas mais retrógradas que temos. Ainda está lutando contra o capitalismo lá do começo do século passado.
O comunismo (sim, ele) forçou o desenvolvimento do capitalismo para algo mais preocupado com o bem estar social.
Muito mais que o capitalismo, vivemos uma crise de representatividade no mundo. Crise política, da Democracia como a conhecemos até aqui.
cataplasma to
Lubiz
"Os EUA estão com uma das mais baixas taxas de desemprego da história e crescimento de 4%. E apesar de terem uma anta na presidência"
Quais empregos? Com renda suficiente? Trabalho produtivo? Enfim.. isso não contradiz em nada o que escrevi. Expliquei muito bem explicado, inclusive.
"As pessoas têm fixação pelo bolsa-família, ora para o bem, ora para o mal."
Bolsa família existe no mundo todo (ou algum outro programa de distribuição de renda e garantia de uma Renda Básica)... em muitos e muitos países. Noruega, EUA (veja o caso do Alasca), Finlândia, Holanda, etc etc etc. Fora isso, você desviou do assunto. Em nenhum momento falei da melhoria ou não da qualidade de vida com esses programas. Eu estava apenas provando a necessidade do Capital injetar dinheiro na economia.
"Consumismo, sem dúvida. Empregos inúteis é pra quem acha que no mundo plantar comida é tudo que pode interessar. "
Vrige... viajou! Setor produtivo não é só comida, hein? Mas se você acha que a atual fase do capitalismo não está produzindo muito lixo, nem está vendendo produtos com obsolescência programada nem está criando falsas necessidades na população, etc ficamos sem qualquer base para levar essa discussão adiante. Mas isso é ideológico e doutrinário, obviamente.
"Concorrência". Também expliquei sobre isso. Você está pensando nas empresas individualmente. Eu estou falando do sistema como um todo. A concorrência entre as empresas, com todas tentando ser mais eficientes que as outras também reforça a ineficiência do sistema como um todo e reforça os conceitos que apresentei.
"Pleno emprego"? Mas isso é muito fácil. Basta contratar metade dos desempregados para cavar buracos nas estradas com pás e a outra metade para tapar os buracos de novo, todos os dias. Pleno emprego na veia! Tudo resolvido! Ou não???
Talvez o que a humanidade precise é do fim do emprego (se quiser ler um pouco mais sobre o assunto e debater a respeito, leia Gorz (Adeus ao proletariado), outros livros dele e também do Grupo Krisis (Por exemplo, Kurs com o "Adeus ao trabalho")
"É por pensar desse jeito que nossa 'esquerda' é uma das coisas mais retrógradas que temos. Ainda está lutando contra o capitalismo lá do começo do século passado"
Éééé.. não estudar e desprezar a história é que é a coisa mais avançada e menos retrógrada que se pode fazer. Mas isso é doutrinário, obviamente.
"bem estar social".. jura?
Enfim.. se a pessoa acha que o capitalismo não está em crise, fica difícil. Chega o futuro distópico mas não chega a consciência do problema para as pessoas. Mas isso é doutrinário, obviamente.
Quais empregos? Com renda suficiente? Trabalho produtivo? Enfim.. isso não contradiz em nada o que escrevi. Expliquei muito bem explicado, inclusive.
"As pessoas têm fixação pelo bolsa-família, ora para o bem, ora para o mal."
Bolsa família existe no mundo todo (ou algum outro programa de distribuição de renda e garantia de uma Renda Básica)... em muitos e muitos países. Noruega, EUA (veja o caso do Alasca), Finlândia, Holanda, etc etc etc. Fora isso, você desviou do assunto. Em nenhum momento falei da melhoria ou não da qualidade de vida com esses programas. Eu estava apenas provando a necessidade do Capital injetar dinheiro na economia.
"Consumismo, sem dúvida. Empregos inúteis é pra quem acha que no mundo plantar comida é tudo que pode interessar. "
Vrige... viajou! Setor produtivo não é só comida, hein? Mas se você acha que a atual fase do capitalismo não está produzindo muito lixo, nem está vendendo produtos com obsolescência programada nem está criando falsas necessidades na população, etc ficamos sem qualquer base para levar essa discussão adiante. Mas isso é ideológico e doutrinário, obviamente.
"Concorrência". Também expliquei sobre isso. Você está pensando nas empresas individualmente. Eu estou falando do sistema como um todo. A concorrência entre as empresas, com todas tentando ser mais eficientes que as outras também reforça a ineficiência do sistema como um todo e reforça os conceitos que apresentei.
"Pleno emprego"? Mas isso é muito fácil. Basta contratar metade dos desempregados para cavar buracos nas estradas com pás e a outra metade para tapar os buracos de novo, todos os dias. Pleno emprego na veia! Tudo resolvido! Ou não???
Talvez o que a humanidade precise é do fim do emprego (se quiser ler um pouco mais sobre o assunto e debater a respeito, leia Gorz (Adeus ao proletariado), outros livros dele e também do Grupo Krisis (Por exemplo, Kurs com o "Adeus ao trabalho")
"É por pensar desse jeito que nossa 'esquerda' é uma das coisas mais retrógradas que temos. Ainda está lutando contra o capitalismo lá do começo do século passado"
Éééé.. não estudar e desprezar a história é que é a coisa mais avançada e menos retrógrada que se pode fazer. Mas isso é doutrinário, obviamente.
"bem estar social".. jura?
Enfim.. se a pessoa acha que o capitalismo não está em crise, fica difícil. Chega o futuro distópico mas não chega a consciência do problema para as pessoas. Mas isso é doutrinário, obviamente.
A discussão está em alto nível, mas já tenho discutido muito no facebook. Então, só vou lembrar de um detalhe quanto ao bolsa-família e pleno emprego: este foi uma farsa nos governos petistas, pois o bolsa-família foi espalhado aos quatro cantos do país, fazendo com que muitas pessoas, mesmo tendo oportunidades, não as aproveitasse simplesmente p/ não perder a "boquinha". Como o desempregado era apenas quem se inscrevesse no SINE, efetivamente procurando emprego, uma massa gigante de desocupados, mas em condições de trabalhar, não era considerada nas estatísticas de desemprego. Estava aí o "pleno emprego".
Enquanto as despesas só aumentavam, a corrupção levava boa parte do dinheiro de investimentos e outra parte grande era jogada nos bancos p/ financiamentos mil, o que provocou um movimento falso da economia, baseado em dívidas e juros, que só ajudava os bancos. Sem base, esse "desenvolvimento econômico" ou, como o próprio Santo Lula disse, "meus milagres", nos levou ao fundo do poço na primeira crise, e quase ao caos, que só estabilizou, mas numa recessão, depois da saída de Dilma, pois ela, definitivamente, não sabia o que fazer com essa bomba.
Me empolguei um pouco, mas é essa visão que tenho da situação, o que comecei a vislumbrar lá pelos idos de 2004, quando já ficou claro a que tinha vindo o ex-metalúrgico que se orgulhava por nunca ter lido um livro. Acho que, pelo menos desse, nos livramos - no momento, só quero que pessoas mais jovens, sem rabo preso, assumam os poderes executivo e legislativo, pois, no judiciário, a renovação parece estar a caminho.
Acabei fazendo discurso, acho que nem eu leria.
Enquanto as despesas só aumentavam, a corrupção levava boa parte do dinheiro de investimentos e outra parte grande era jogada nos bancos p/ financiamentos mil, o que provocou um movimento falso da economia, baseado em dívidas e juros, que só ajudava os bancos. Sem base, esse "desenvolvimento econômico" ou, como o próprio Santo Lula disse, "meus milagres", nos levou ao fundo do poço na primeira crise, e quase ao caos, que só estabilizou, mas numa recessão, depois da saída de Dilma, pois ela, definitivamente, não sabia o que fazer com essa bomba.
Me empolguei um pouco, mas é essa visão que tenho da situação, o que comecei a vislumbrar lá pelos idos de 2004, quando já ficou claro a que tinha vindo o ex-metalúrgico que se orgulhava por nunca ter lido um livro. Acho que, pelo menos desse, nos livramos - no momento, só quero que pessoas mais jovens, sem rabo preso, assumam os poderes executivo e legislativo, pois, no judiciário, a renovação parece estar a caminho.
Acabei fazendo discurso, acho que nem eu leria.
Lubiz to
cataplasma
Éééé.. não estudar e desprezar a história é que é a coisa mais avançada e menos retrógrada que se pode fazer. Mas isso é doutrinário, obviamente.
Como eu disse anteriormente neste tópico, nossa 'esquerda' se considera proprietária de toda intelectualidade. Insinuar que os outros não sabem história faz parte do quadro. =p
Eu já vivi o suficiente para ouvir essa mesma ladainha de 'capitalismo em crise' e vê-lo ressurgir com mais vigor tantas vezes que perdeu a graça. Isso é história. Se não te ensinaram sobre isso, deve ser por questão doutrinária, sim.
Numa resposta geral, essa descrição de capitalismo que você adota indica um sistema autofágico. Também não é nova, vivem afirmando isso, mas ele continua aí, se adaptando e dando mais chances para desenvolverem teorias sobre seu fim iminente.
"bem estar social".. jura?
É fato. Nem precisa consultar livros de história, basta ver como é na China, que pulou direto do 'comunismo' pra uma versão do capitalismo de uns 100 anos atrás.
Vejo nossa 'esquerda' como retrógrada porque está presa ao passado, ainda por cima fracassado. Seus modelos foram URSS, depois Armênia (é, teve isso), China (antes dela partir pro capitalismo selvagem), daí Cuba, Nicarágua e, mais recentemente, Venezuela. O que esses países têm em comum, respeitado o período histórico? Ditaduras. Nossa 'esquerda' ainda está na era da 'ditadura do proletariado' em sua luta contra um capitalismo incipiente. Não evoluiu como em outras partes do mundo. Além de não ser democrática em sua essência, quem o é, lamentavelmente, acaba expulso desse lado do campo político.
(edited)
Como eu disse anteriormente neste tópico, nossa 'esquerda' se considera proprietária de toda intelectualidade. Insinuar que os outros não sabem história faz parte do quadro. =p
Eu já vivi o suficiente para ouvir essa mesma ladainha de 'capitalismo em crise' e vê-lo ressurgir com mais vigor tantas vezes que perdeu a graça. Isso é história. Se não te ensinaram sobre isso, deve ser por questão doutrinária, sim.
Numa resposta geral, essa descrição de capitalismo que você adota indica um sistema autofágico. Também não é nova, vivem afirmando isso, mas ele continua aí, se adaptando e dando mais chances para desenvolverem teorias sobre seu fim iminente.
"bem estar social".. jura?
É fato. Nem precisa consultar livros de história, basta ver como é na China, que pulou direto do 'comunismo' pra uma versão do capitalismo de uns 100 anos atrás.
Vejo nossa 'esquerda' como retrógrada porque está presa ao passado, ainda por cima fracassado. Seus modelos foram URSS, depois Armênia (é, teve isso), China (antes dela partir pro capitalismo selvagem), daí Cuba, Nicarágua e, mais recentemente, Venezuela. O que esses países têm em comum, respeitado o período histórico? Ditaduras. Nossa 'esquerda' ainda está na era da 'ditadura do proletariado' em sua luta contra um capitalismo incipiente. Não evoluiu como em outras partes do mundo. Além de não ser democrática em sua essência, quem o é, lamentavelmente, acaba expulso desse lado do campo político.
(edited)
Tenta explicar isso (que URSS, China, Cuba e Venezuela são ditatoriais e, não, comunistas) p/ um amigo meu do PCdoB. É incrível que este partido ainda exista, sendo que já ficou muito claro que comunismo é utopia - nunca existiu realmente.
Só quem tiver Facebook vai conseguir assistir, mas eu recomendo. Este vídeo esclarece com enorme exatidão tudo o que vem ocorrendo há anos aqui e em diversos outros países do mundo. Seu conhecimento permitirá, a quem o assistir com atenção, prevenir-se para o bem de seus filhos e netos. Recomendo assistir, comentar com amigos e familiares e repassar ao máximo!
https://www.facebook.com/maristela.cunha.140/videos/1697841270339402/
https://www.facebook.com/maristela.cunha.140/videos/1697841270339402/
mas.. geeeente.. e quem falou que quem manda no país quer que a violência diminua??
é justamente o contrário.
com a violência extrema, fica fácil engambelar a população a cada eleição, com propostas imediatistas (e que nada vão resolver, obviamente). fica fácil para qualquer político despreparado ganhar votos com discursinho pró liberação das armas, pró pena de morte, propagando ódio e a cultura do "olho por olho, dente por dente".
Uma população amedrontada é muito mais facilmente controlada.
Aceita qualquer proposta de redução de direitos "em troca" de mais dinheiro para a segurança (o que, de novo, não irá resolver nada).
E, principalmente.. a violência é necessária para a economia!
O capitalismo precisa dela.
O capitalismo moribundo não tem mais como lidar de maneira salutar com sua contradição fundamental:
A MECANIZAÇÃO E AS EVOLUÇÕES DOS PROCESSOS PRODUTIVOS AUMENTAM A PRODUTIVIDADE E A PRODUÇÃO, MAS GERAM DESEMPREGO E DIMINUEM O MERCADO CONSUMIDOR.
Assim.. o maior papel do Estado submetido à ótica do mercado é ir gerindo essa eterna crise.. uma crise não conjuntural, mas sim, estrutural.
Como ele faz isso? De diversas maneiras, passando por duas grandes frentes:
1- geração de empregos
2 - distribuição de renda
Em relação ao ponto dois, o caso emblemático é o Bolsa Família. O governo injeta dinheiro na economia e, assim, o empresariado passa a contar com um aumento do poder de consumo da população para comprar seus produtos. Engana-se quem acha que programas como o bolsa família são "políticas de esquerda". Podem até ter um "traço de esquerda", do ponto de vista da cidadania... mas, são políticas totalmente inseridas e explicadas pela lógica do mercado. Do ponto de vista principal, o econômico, são, portanto, políticas de direita.. que não visam a revolução nem uma transformação profunda da sociedade e de suas relações de produção.
Mas o ponto mais importante e que está relacionado ao tema aqui debatido é o ponto 1.. a geração de empregos. Como já explicado acima, o capitalismo precisa gerar empregos. Não importa o emprego.. tem que gerar... a população precisa estar ocupada (para não pensar em bobagens como a melhoria da qualidade de vida e a luta pelos direitos) e precisa ter dinheiro no bolso para gastar.
Então, o capitalismo em seu atual estágio precisa de: empregos inúteis e sem relação com o setor produtivo (e dá-lhe 3o setor), ineficiência, consumismo, etc. Aí, dá-lhe produtos cada vez mais descartáveis, geração crescente de resíduos, criação de falsas necessidades através da propaganda, etc.
E é aí que a violência tem o seu papel.. já pensaram em quantos empregos e ocupações ela gera? Traficantes e policiais, fabricantes de alarmes e grades, guardas particulares, oficinas para blindagem de carros, vendedores e instaladores de concertinas, câmeras de segurança e cercas elétricas, companhias de seguros, comentaristas de violência na TV, etc, etc etc.
A violência no Brasil faz parte do projeto para o país.
P.S. Em tempo.. quando os países/mercado não conseguem lidar com a contradição citada no início do texto, gerando muito mais produção do que consumo? AS CRISES DE SUPERPRODUÇÃO. Aí, meus caros.. é o caos e a barbárie. Quem se interessar pelo assunto, dá uma olhada nas ações do New Deal pós crise de super produção de 1929 (basicamente, geração de empregos e injeção de dinheiro na economia - seguro desemprego, empréstimos a a agricultores, etc).
Outra solução que costuma ser utilizada são as grandes guerras (isso queima produção que é uma enormidade!).
Poucas vezes na vida li tanta merda junta. Parabéns!
é justamente o contrário.
com a violência extrema, fica fácil engambelar a população a cada eleição, com propostas imediatistas (e que nada vão resolver, obviamente). fica fácil para qualquer político despreparado ganhar votos com discursinho pró liberação das armas, pró pena de morte, propagando ódio e a cultura do "olho por olho, dente por dente".
Uma população amedrontada é muito mais facilmente controlada.
Aceita qualquer proposta de redução de direitos "em troca" de mais dinheiro para a segurança (o que, de novo, não irá resolver nada).
E, principalmente.. a violência é necessária para a economia!
O capitalismo precisa dela.
O capitalismo moribundo não tem mais como lidar de maneira salutar com sua contradição fundamental:
A MECANIZAÇÃO E AS EVOLUÇÕES DOS PROCESSOS PRODUTIVOS AUMENTAM A PRODUTIVIDADE E A PRODUÇÃO, MAS GERAM DESEMPREGO E DIMINUEM O MERCADO CONSUMIDOR.
Assim.. o maior papel do Estado submetido à ótica do mercado é ir gerindo essa eterna crise.. uma crise não conjuntural, mas sim, estrutural.
Como ele faz isso? De diversas maneiras, passando por duas grandes frentes:
1- geração de empregos
2 - distribuição de renda
Em relação ao ponto dois, o caso emblemático é o Bolsa Família. O governo injeta dinheiro na economia e, assim, o empresariado passa a contar com um aumento do poder de consumo da população para comprar seus produtos. Engana-se quem acha que programas como o bolsa família são "políticas de esquerda". Podem até ter um "traço de esquerda", do ponto de vista da cidadania... mas, são políticas totalmente inseridas e explicadas pela lógica do mercado. Do ponto de vista principal, o econômico, são, portanto, políticas de direita.. que não visam a revolução nem uma transformação profunda da sociedade e de suas relações de produção.
Mas o ponto mais importante e que está relacionado ao tema aqui debatido é o ponto 1.. a geração de empregos. Como já explicado acima, o capitalismo precisa gerar empregos. Não importa o emprego.. tem que gerar... a população precisa estar ocupada (para não pensar em bobagens como a melhoria da qualidade de vida e a luta pelos direitos) e precisa ter dinheiro no bolso para gastar.
Então, o capitalismo em seu atual estágio precisa de: empregos inúteis e sem relação com o setor produtivo (e dá-lhe 3o setor), ineficiência, consumismo, etc. Aí, dá-lhe produtos cada vez mais descartáveis, geração crescente de resíduos, criação de falsas necessidades através da propaganda, etc.
E é aí que a violência tem o seu papel.. já pensaram em quantos empregos e ocupações ela gera? Traficantes e policiais, fabricantes de alarmes e grades, guardas particulares, oficinas para blindagem de carros, vendedores e instaladores de concertinas, câmeras de segurança e cercas elétricas, companhias de seguros, comentaristas de violência na TV, etc, etc etc.
A violência no Brasil faz parte do projeto para o país.
P.S. Em tempo.. quando os países/mercado não conseguem lidar com a contradição citada no início do texto, gerando muito mais produção do que consumo? AS CRISES DE SUPERPRODUÇÃO. Aí, meus caros.. é o caos e a barbárie. Quem se interessar pelo assunto, dá uma olhada nas ações do New Deal pós crise de super produção de 1929 (basicamente, geração de empregos e injeção de dinheiro na economia - seguro desemprego, empréstimos a a agricultores, etc).
Outra solução que costuma ser utilizada são as grandes guerras (isso queima produção que é uma enormidade!).
Poucas vezes na vida li tanta merda junta. Parabéns!